Tal como foi enfatizado no filme “In time”, onde o tempo é a moeda de troca e fulcral na sobrevivência, onde as pessoas estão sujeitas a uma contagem regressiva diariamente, não é uma perspetiva assim tão descabida da nossa realidade.
Quantas pessoas conhecemos, que estão em relações a prazo, que já há meses ou anos conhecem o seu desfecho, mas ainda assim vão perdendo o seu tempo, tempo esse que poderiam estar efetivamente com alguém que as fizesse feliz?
Quantas pessoas estão naquele emprego que não gostam, exteriorizam a vontade de mudar, mas não têm a coragem de sair da sua zona de conforto! Quantos não ambicionam ter uma aventura internacional, nas adiam até desperdiçar todas as oportunidades reais?
Quantos são aqueles que preferem perder tempo no virtual, não aproveitar o ar livre, a verdadeira beleza da vida? Em vez de apreciarem o pôr do sol, dançar, viajar, estão presos a um smartphone? Muitas das vezes em conversas ou conteúdos online, que em nada nos enriquece?
O tempo pode ser o nosso melhor amigo, ou nosso inimigo, depende de que forma o valorizamos. Angustia-nos ver a vida a correr, os dias a passar por nós, eles levam pressa, e sentimos que nos estão a escapar. E quando dizem que ainda és novo? Quantos anos te restam de “Aindas”?
Se por outro lado, vivermos em inquietação constante, angustiados e ansiosos sobre temas que para os quais queremos respostas e não aparecem, podemos entrar num estado que não é bom para a nossa alma. É certo, que temos de respeitar o tempo que o tempo precisa, para nos dar as respostas que queremos, no fundo agir de acordo com a velocidade correta do universo.
Contudo, nós somos os gestores desse tempo, precisamos ser eficientes na analise do que é aquilo que realmente “tem o seu tempo”, ou daquilo que nos está efetivamente a “fazer perder” o nosso precioso tempo.
Gastar horas, dias, semanas e anos com algo ou alguém que não nos leva a lado nenhum, que não nos traz conhecimento, harmonia ou prazer, é um constante desaproveitar voluntário da vida.
Desperdiçar o nosso precioso tempo com pessoas que não nos valorizam ou com coisas que não nos acrescentam, priva-nos a oportunidade de descobrir coisas verdadeiramente interessantes. Tempo é dinheiro, há quanto tempo não ouvimos este cliché? Mas nada mais verdadeiro, pois mais prejudicial que perder dinheiro é perder tempo!