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O Logótipo de um Turismo de Chuveiro

Tristes estas semanas em que o Partido Socialista não discute política, nem Portugal e está em despique sobre quem controla mais e quem controla menos os velhos hábitos dos caciques locais, herdeiros da velha tradição dos chefes índios que controlavam as suas tribos. Para compensar o marasmo político em terras lusas, a nível internacional o calor do Verão faz-se sentir a triplicar. As declarações de que ninguém deseja uma guerra à escala mundial são, como se calcula, mera retórica. Declarações idênticas foram feitas nos tempos que precederam a II Guerra Mundial e, apesar delas e das suas bondosas “certezas”, a catástrofe deu-se. Entre guerras de palavras, armamentos de rebeldes e um Novo Banco que tanto caminho tem para percorrer, o que esteve In e Out nesta semana que terminou?

Destaque

O sector do Turismo em Portugal tem estado em destaque um pouco por todo o mundo, com distinções atribuídas a hotéis, restaurantes e entidades, bem como com a publicação de artigos em jornais e revistas internacionais dedicados ao país. Em 2013, o turismo em Portugal conquistou mais do triplo dos prémios que em 2012, seja pelos destinos mais baratos, praias “maravilhosamente únicas”, um Alentejo “obrigatório” ou o pastel de nata como um dos melhores doces da Europa.

De acordo com os dados disponíveis até Setembro, Portugal somava quase 50 distinções em apenas nove meses, contra os cerca de 15 prémios que recebeu durante todo o ano de 2012. Entre as entidades que atribuíram os galardões, constam jornais como o The Guardian, New York Times e El Pais/Lonely Planet (editora), televisões como a norte-americana CNN, revistas como a Forbes, blogues como o Huffington Post, empresas e associações internacionais de turismo, ‘sites’ e imprensa especializada no setor.

Em 2014, Portugal foi, pela segunda vez consecutiva, eleito o melhor país a visitar pela edição espanhola da revista Condé Nast Traveler. Também este ano, foi votado melhor país europeu pelos leitores do jornal norte-americano USA Today e eleito o melhor destino de férias por avião, na Europa, nos Zoover Awards, que distinguem destinos e atracções turísticas, bem como alojamentos, em mais de 25 países. Esta última distinção é atribuída tendo por base as avaliações feitas pelos utilizadores do site zoover.com, um portal de avaliações de férias. Numa escala de 01 a 10, Portugal obteve uma pontuação final de 9.12, com destaque para as categorias Hospitalidade (9.23), Cultura (9.16) e Gastronomia (9.03).

Não é apenas o país a receber distinções. Lisboa entrou no top dos viajantes dos 25 melhores destinos do mundo, escolhidos pelos utilizadores do site internacional de turismo e viagens TripAdvisor, e foi considerada a cidade com “melhor valor” na zona Euro pelo PostOffice do Reino Unido, tendo em conta o ‘City Costs Barometer’ 2014 (Barómetro de Custos das Cidades). O Porto foi considerado o Melhor Destino Europeu deste ano pela European Consumers Choice, tal como em 2012, e entrou no top de 14 destinos para 2014 da operadora aérea britânica British Airways. Mais a Sul, o Alentejo foi escolhido pela revista National Geographic como um dos melhores destinos a visitar este ano. Fora do Continente, o arquipélago dos Açores foi distinguido como Destino Preferido em 2014 pelas Associações dos Agentes de Viagens e Operadores Turísticos Europeus (ECTAA, sigla em inglês).

Por fim, não é só o país, as cidades e os equipamentos que são distinguidos. O Turismo de Portugal venceu os World Travel Awards 2014, também conhecidos como “Óscares do Turismo”, na categoria de melhor organismo oficial de turismo europeu, que já tinha ganho em 2008. No fundo, Portugal está na moda e recomenda-se e isso é motivo de celebração.

Fava

No fim do mês de Agosto, mais de mil militares russos invadiram a Ucrânia, através do Mar de Azov, dando entrada no porto da cidade de Novoazovsk, afirma a NATO sustentada em imagens de satélite. Oficiais norte-americanos confirmam a informação enquanto o Kremlin continua a negar qualquer envolvimento. Washington vai enviar forças militares para a Europa de Leste e a Europa planeia novas sanções económicas contra Moscovo. Conselho de Segurança reuniu de emergência. Desta forma, a crise na Ucrânia aproximou-se de uma degeneração em conflito internacional de larga escala.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu de emergência, enquanto Moscovo continuava a negar qualquer tipo de envolvimento directo, ou indirecto na crise que afecta o leste da Ucrânia. Entretanto, segundo a Lusa, responsáveis do Pentágono confirmaram que Washington ordenou a mobilização de tanques e soldados para a Europa de Leste. Entretanto, no terreno, as forças ucranianas falavam em “invasão de larga escala” por parte da Rússia, expressões que iam ao encontro das palavras deixadas, durante o dia, tanto pelo Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, como pelo próprio primeiro-ministro, Arseny Yatseniuk, que acusava o Kremlin de “espoletar uma guerra na Europa”.

François Holllande, presidente francês, e Catherine Ashton, representante diplomática da União Europeia (UE), consideraram a situação inaceitável e intolerável. Matteo Renzi, primeiro-ministro de Itália, e David Cameron, chefe do Executivo inglês, condenarem as últimas acções desenvolvidas no terreno e, alegadamente protagonizadas pelas forças russas. O Presidente norte-americano, Barack Obama, reagiu atribuindo à Rússia a responsabilidade pela violência no leste da Ucrânia, recordando ainda que Moscovo tem violado repetidamente” a soberania e integridade territorial ucranianas. No encontro do Conselho de Segurança russo, o representante russo junto da organização, Vitaly Churkin, mantém-se fiel à linha de argumentação russa. Para além de responsabilizar directamente Kiev por conduzir uma guerra contra o seu próprio povo, voltou a garantir que a crise no leste da Ucrânia é uma questão interna, razão pela qual não poderão ser assacadas responsabilidades à Rússia.

Teme-se que os separatistas e, eventualmente a Rússia, possam ganhar o controlo de Mariupol de forma semelhante ao que aconteceu com a principal cidade portuária da península da Crimeia, Sevastopol. Moscovo, que já detinha bases militares marítimas nesta cidade, passou então a deter controlo sobre o Mar Negro. Com a anexação da Crimeia, e subsequente controlo sobre o estreito de Kerch, que dá acesso ao mar de Azov, se a Rússia passar a controlar Mariupol fica com um domínio praticamente total dos principais portos e pontos de acesso às águas salgadas daquela região. Tal situação tem claras implicações geopolíticas e geoestratégicas para Kiev, que veria dramaticamente reduzida a sua capacidade e presença militar nos mares Negro e Azov, sendo ainda fortemente penalizada a economia ucraniana, que deixaria de deter um dos principais portos do país.

Esta crise, pelo apoio aos separatistas no leste da Ucrânia, está perto de um ponto de não retorno e de se transformar numa guerra em larga escala. Rússia está em estado de guerra com a Ucrânia, um país que quer fazer parte da Europa, o que significa que Moscovo está praticamente em guerra contra a Europa. Não estão a ser feitos grandes esforços para que se possa resolver a crise ao nível diplomático, mesmo com os resultados das negociações trilaterais desta semana entre a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), a Rússia e a Ucrânia tenham sido positivas.

Só coloco uma questão numa crise que parece estar longe de uma resolução positiva: uma potência mundial invade um país debilitado politicamente, uma crise económica na Europa e uma solução diplomática que teima em não chegar… em que livros de História já vi isto?

Curiosidade_1

Já aconteceu com qualquer um: estás no chuveiro e tens um momento de inspiração. Porém, quando saímos do banho, é necessário fazer um esforço mental para nos recordarmos da ideia genial que acabámos de ter. Por vezes, somos bem-sucedidos, noutras, nem por isso, mas o que é que faz do chuveiro um lugar tão bom para a inspiração?

A resposta simples é que este processo está relacionado com a meditação, ou com a forma como colocamos a nossa mente num estado semi-meditativo. No chuveiro, temos uma rotina pré-estabelecida e a nossa mente tem toda a liberdade de navegar por onde quiser, enquanto o corpo segue os movimentos já estabelecidos. É também uma experiência relaxante, que em combinação com a meditação, cria um ambiente perfeito para a criação de ideias. A Psicologia teoriza que este processo de encontrar soluções num ambiente mais descontraído deve-se, principalmente, ao facto de que, durante um determinado período, não estamos conscientes do nosso meio ambiente e mais ligados aos nossos pensamentos.

É importante constatar que não é apenas no chuveiro que este processo de relaxamento, que permite que surjam ideias brilhantes, acontece. Sempre que estamos relaxados, distraídos e num bom estado mental somos capazes de ter boas ideias, seja durante um cozinhado, ou a fazer limpezas. É possível que a inspiração surja durante uma longa viagem, ou em viagens de avião, quando não temos nada para fazer. Independentemente das circunstâncias em que surja, reconhecer as condições que nos permitem ter boas ideias é, possivelmente, o primeiro passo para conseguir recriá-los sempre que necessitarmos de uma boa ideia.

O lado negativo que a procura pela recriação destes momentos inspiradores tem é que o acto de repetição forçada poderá não ter os frutos que se pretendem. É como se o nosso cérebro soubesse que estamos a tentar transformar um estado mental de descanso num momento mental de trabalho e, como castigo, as ideias não surgem. O único truque para conseguir registar ideias, quando elas surgem, é um pouco mais complicado – temos de conseguir ter como apontar esses rasgos de genialidade, mas é também necessário enganar o nosso cérebro, para que ele esqueça que temos um bloco de notas ao nosso lado.

Momento

Os logótipos são um ponto de entrada muito comum no mundo do design gráfico. Primeiro, porque estão em todo o lado e, depois, por permitirem incorporar num símbolo, ou numa tipografia a filosofia de uma marca. Algumas vezes, no entanto, o aspecto mais interessante de logótipo não é o seu aspecto gráfico, mas a história da sua criação e é este o tópico presente no mais recente livro de Mark Sinclair, TM: The Untold Stories Behind 29 Classic Logos, onde encontramos a história de logótipos como os que se seguem.

O Homem da Michelin foi um Homem Bêbedo Estranho

O Homem da Michelin nasceu em 1898, mas o Bibendum, como se chamava originalmente, não foi sempre o marshmallow sorridente com que estamos familiarizados hoje em dia. Nos seus primeiros anos de vida, usava umas lunetas, mastigava um charuto e tinha um conjunto de roupa pouco funcional, parecendo quase uma múmia. Para piorar a situação, quando a mascote foi apresentada ao público, era possível ver uma figura com um ar sinistro a segurar uma taça de champanhe e a fazer um brinde. O que deu origem a uma alcunha pouco abonatória: O Bêbedo da Estrada.

O Logo da NASA era Odiado pelos Veteranos da NASA

É normal muitos logótipos terem alcunhas e o da NASA não é uma excepção. Durante os seus primeiros 15 anos, a agência norte-americana era representada por um símbolo conhecido como a “Almôndega”, que era constituída pelo nome da empresa dentro de um círculo azul, rodeado por agrupamentos de estrelas, uma nave espacial branca a fazer barulho e uma seta vermelha. O seu substituído, criado em 1976 pelo estúdio de design nova-iorquino Danne & Blackburn, era mais minimalista, com linhas carregadas e letras a constituírem a palavra NASA. O “N” e o “S” formavam em conjunto as nuvens que saem de um foguetão em lançamento. Este também tinha uma alcunha: a Minhoca.

Os problemas com este logótipo surgiram ainda antes da sua estreia pública, já que a NASA, antes desta alteração gráfica, era constituída por um conjunto de escritórios independentes e, quando o estacionário foi alterado para incorporar o novo elemento gráfico, tornou-se um símbolo de uma instituição com hierarquia definida e sem liberdade, como anteriormente. Aquando da tomada de posse da NASA por Dan Goldin, em 1992, a agência encontrava-se desmoralizada, em grande parte devido ao desastre ocorrido com o Challenger. Contudo, uma sugestão de Paul Holloway ao seu novo chefe iria mudar tudo. Segundo fontes anónimas, este havia dito que era possível mudar o ambiente da agência, mudando a Minhoca. Dan Goldin terá seguido o conselho e a Almôndega voltou a ser o símbolo da NASA.

O Símbolo da Paz foi originalmente um Auto-Retrato

Hoje em dia, o sinal da Paz é tão ubíquo, que é difícil olhar para ele e pensar que é o logótipo, mas, antes de estar presente em imensas camisolas no mundo todo, foi um símbolo gráfico utilizado pela Campanha para o Desarmamento Nuclear. Foi criado por Gerald Holtom, um designer que fazia parte dos primeiros membros do grupo que estavam responsáveis por esta campanha.

Como Holtom explicou décadas depois, o símbolo começou por ser um auto-retrato. “ Eu estava desesperado. Extremamente desesperado. Decidi desenhar-me: uma representação de um indivíduo em desespero, com as palmas das mãos estendidas. Reduzi o desenho a linhas e coloquei um círculo à sua volta.” Esta inspiração era mais evidente nas suas primeiras versões, que tinham marcas mais vincadas relativamente ao desespero, mas, com as alterações que foi sofrendo ao longo dos anos, até chegar à versão que conhecemos hoje.

Boa semana, Leitores Sombra.

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