Na incerteza dos teus passos, encontro o desalento no meu caminho.
Já não és quem procuro, nem sei se te quero pertencer, ou até mesmo perceber. Perdemo-nos no caminho, e a vida encarregou-se de desenhar o seu percurso, não tão próximo um do outro, como desejaríamos.
Nos breves sussurros que o desalento espalha pelo meu ser, encontro o silêncio que me atenta, e que me afasta daquele que sempre pensei ser o caminho certo.
Mas, haverá caminhos certos? Ou seremos nós que o percorremos que lhe atribuímos a conotação certa ou errada, definindo o que deveria ser o percurso ideal, o caminho perfeito.
Quando tudo perde sentido, até a natureza perde o seu cheiro natural e a nossa vida o aroma do seu encanto. Nos dias cinzentos, que não inspiram nem se desejam, tudo parece vazio e oco.
A lembrança dos momentos em que fomos felizes trazem de novo à mente e ao coração, breves laivos de felicidade, a memória dá brilho a uma luz que já não existe.
Mas quero muito continuar, à semelhança de cada novo dia que amanhece e que ao fim do seu tempo, mansamente, cede o seu lugar a mais uma noite, assim também na nossa vida, cada etapa se supera e ultrapassa.
Perco-me no silêncio dos meus pensamentos, que me embrenham numa nuvem de bem me querer e de alegrias que não existem, mas que eu quero fazer acontecer.
Esta nuvem que me envolve carrega consigo a alegria e a paz, de que preciso, de que precisamos todos, para que pé ante pé, e dia após dia, façamos acontecer aquilo em que acreditamos. Transformar projetos em novas vidas e possibilidades ou sonhos em realidade. Afinal, uma boa dose de confiança, e algumas boas promessas nunca fizeram mal a nenhum de nós, podem mesmo ser excelentes aliados de jornada.
Fazer acontecer todos os dias é a magia da vida.
O meu sorriso confere encanto a cada novo dia da minha vida. A coragem e força alicerçam o apoio fundamental, para continuar a acreditar que nada é impossível até acontecer.
“Disseram-me que para quem sonha alto a queda é grande.
Só se esqueceram de me perguntar se eu tenho medo de cair.” (Bob Marley)