+1 202 555 0180

Have a question, comment, or concern? Our dedicated team of experts is ready to hear and assist you. Reach us through our social media, phone, or live chat.

Mulheres sem voz

Ser mulher não é algo fácil! Existem dificuldades em qualquer parte do mundo, mas ser uma mulher no Médio Oriente, por exemplo, é algo que vai além de qualquer dificuldade. O dia-a-dia destas mulheres é composto por restrições sociais, religiosas e políticas.

No estado Islâmico, uma mulher é escrava sexual do seu marido, e tratada como tal, existindo até, um manual de como tratar uma escrava sexual do Estado Islâmico.

Em países adeptos do Islamismo, as mulheres não podem mostrar nada mais que os olhos, usando uma vestimenta chamada de burca, esta está relacionada ao hijab, que pode significar “cobertura” ou “roupa que tape”, desta forma, as mulheres muçulmanas, para seguirem as leis da religião e do local onde vivem, precisam de se cobrir.

No Afeganistão, milhões de viúvas mendigam para sobreviver, uma vez que a pobreza, os conflitos e a violência por parte dos seus maridos e família são muito comuns.

Na República Democrática do Congo, as mulheres não podem assinar nenhum documento legal sem a permissão dos seus maridos, mas em contrapartida, possuem deveres de sobra.

No Nepal, os pais vendem as suas filhas até atingirem a idade adulta, existem casamentos precoces, e no parto muitas jovens mães morrem.

Em Mali, as meninas são ainda submetidas à mutilação genital através de um processo doloroso.

No Paquistão, as raparigas podem facilmente ser punidas por algo que seja do desagrado do noivo, inclusivamente mortas ou apedrejadas por adultério.

Na Índia, muitas meninas são sequestradas para fins de prostituição.

Na Somália, as mulheres podem morrer no trabalho de parto, uma vez que é proibida qualquer ajuda.

No Iraque, as meninas são raptadas ou violentadas sem que que exista qualquer lei que as proteja.

No Iémen, a educação é só privilégio dos homens, uma vez que “não há tempo” para as mulheres aprenderem já que devem cuidar de tudo para os seus maridos.

Na Arábia Saudita, as mulheres não podem sair de casa sem os seus maridos, não podem usar os transportes públicos ou falar com outros homens.

Na Guatemala. as mulheres são consideradas seres inferiores e muitas espancadas até à morte.

Em todas as realidades descritas acima, temos em comum o facto destas mulheres não valerem coisa nenhuma nos seus países, terem menos importância que um animal e existirem somente para cumprirem um fim, um capricho ou um desejo por parte dos homens. Homens que defendem os seus actos com costumes e tradições, não conseguindo sequer, conceber, que o que fazem, poderá de alguma forma estar errado.

Estamos em pleno século  XXI, onde se comprovou a existência de buracos negros, onde se discute a possibilidade de ir de férias para a lua e se procura vida em Marte. Neste mesmo mundo, existem mulheres a serem mortas, espancadas, mutiladas, violadas ou apedrejadas, unicamente por terem nascido no país errado. Certamente que muitas delas preferiam, podendo escolher, ter nascido homens.

Para estas mulheres não existem leis, não existe opção de escolha, não existe o divórcio, não existe livre-arbítrio.

Misoginia: é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas. A misoginia pode manifestar-se de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, o patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, violência contra as mulheres e objectificação sexual.

Existe ainda muita desigualdade de género no meu país, mas ainda assim não consigo imaginar o que é viver num sítio onde a minha voz não se pudesse fazer ouvir.

Share this article
Shareable URL
Prev Post

Amor não é obsessão

Next Post

Boa tecnologia Vs tecnologia tóxica

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Read next

Os avós

Dizem que o melhor do mundo são as crianças. Ora, diz-se tanta coisa. Quanto a mim o que temos de melhor, além…