“It’s a groovy day to be a minion”
São pequenos e amarelos e, como nos revela Pierre Coffin, o criador, serem todos rapazes, porque são “burros e estúpidos”. São eles: os Minions, ou como são vulgarmente conhecidos no nosso país, os Mínimos.
O filme sensação deste Verão, parte das origens destas criaturas, justificando-os como responsáveis pela extinção do T-Rex, pelo madrugar do Drácula, ou pela derrota de Napoleão. Tudo isto em tentativas fracassadas para encontrar ‘Le Boss’.
Quando possivelmente teriam um espaço, um lar só para eles, três Minions (Kevin, Bob e Stuart) partem numa demanda, 42 anos A.G. (Antes de Gru), para conhecer o mais poderoso vilão. Após um conjunto de peripécias em Nova Iorque, descobrem que em Orlando existe uma espécie de Comic-Con, desta vez preenchida por vilões. Lá conhecem a escaldante Scarlett OverKill, a lobo mau da história, desesperada em ser Rainha de Inglaterra e por ter a sua, tão merecida, coroa.
Assim, a maior parte da acção desenrola-se em terra de sua majestade e o espectador poderá ver alguns dos seus pontos turísticos. A escolha da cidade de Londres não poderia ser mais acertada. A metrópole com mais de 8 milhões de habitantes comprova o filme como reflexo das massas.
De facto, hoje em dia, os Minions estão por todo o lado. Vigoram no nosso vestuário, nos nossos cadernos, nos nossos telemóveis, nas consolas de videojogos, em toda uma gama de brinquedos e outro tipo qualquer de merchandising. Estamos num ambiente puramente capitalista, em que o cinema-indústria volta a clarificar, sem subterfúgios, os valores com que se rege. Talvez daqui por 10 anos, testemunhemos o impacto que estas figuras tiveram nas crianças de hoje, tal como Toy Story, Shrek, ou À Procura de Nemo tiveram em outras crianças, na primeira década do século XXI.
As vozes são de primeira linha. A versão original está a cargo de Sandra Bullock, John Hamm, Pierre Coffin, Michael Keaton, Allison Janney, Jennifer Saunders, Steve Coogan, Steve Carell e Geoffrey Rush. Já na versão portuguesa Soraia Chaves, Marco Delgado, Vasco Palmeirim, Vanda Miranda, César Mourão e Herman José. Porém, independentemente da escolha que seja feita, o espectador nunca compreende o que os Minions tentam dizer. A barafunda é tão frequente que o ‘entender’ deixa de importar. Torna-se um acumular constante de maravilhosas gargalhadas.
Os Minions podem ser apaixonados por bananas e nós, consumistas, apaixonados por eles, dado que contêm a euforia tão em falta neste mundo.
Certo é sentar-se na sala de cinema, num claro desanuviar, e sair 90 minutos depois, demasiado “happy”, estando (ilusoriamente) preparado para as experiências cinematográficas, pouco promissoras, que a temporada lhe reserva.
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