Falar sobre uma geração, é sempre uma tarefa ingrata, especialmente se essas palavras forem as da geração imediatamente anterior.
A geração Y, ou a geração da internet, é sociologicamente reconhecida, aos que nasceram na década de 80 até, mais ano, menos ano, 1995. Ainda que, considere pessoalmente, o período compreendido entre 1980 e 2000, a geração que “fechou” o milénio, e por suposta lei da vida, o primeiro terço do novo milénio seria a sua obra, a sua demanda.
Esta geração, (como qualquer outra) é o fruto do legado de gerações anteriores, e os Millenials, ou Y, são a geração que nasce em plena revolução tecnológica, e esse facto foi determinante na sua formação, e não pelos melhores motivos. A geração Millenial foi a última geração a viver a vida da não tecnológica, e a primeira a viver a vida das plataformas sociais.
Os Millenials nasceram em berço de ouro, no rescaldo das convulsões culturais e políticas do último quartil do século XX, no início da revolução tecnológica, e das grandes mudanças socioeconómicas ocidentais. O final do século XX, além da revolução tecnológica, foi também o precursor de mudanças socioculturais, o fim dos sistemas patriarcais, e o início da chamada “inclusão” e “igualdade”, a “liberdade de expressão” e a própria “liberdade” do ser. Na realidade, o passado dos Millenials, foi, ou devia ter sido, uma época de ouro, para uma geração, que dispondo de informação e vivendo a estabilização das convulsões sociais, que modelam sociedades e o futuro, da geração Millenial, esperava-se muito, esperava-se clarividência, intelecto e acima de tudo, honestidade, nada disto se concretizou.
No actual presente, na maturidade dessa geração, já perto do meio século de vida, deparamo-nos com uma geração incapaz de resolver os seus próprios problemas, muito menos os problemas sociais e até executivos, é a geração mais mal informada, menos activa intelectualmente, e a que menos “assunto” consegue dialogar. É também a geração da urbe, a geração que desconhece o meio rural. No entanto , é a geração que mais doutores e licenciados formou, e que é simultaneamente, a que mais desemprego atravessa. É a geração que hoje, apregoa a democracia, quando pretende castrar a liberdade de expressão, vive de dogmas e ilusões, e como não se desenvolveram intelectualmente, repetem ad nauseam argumentos, que desconhecem, que não compreendem, mas que estão na moda.
Esta geração, que hoje se encontra entre os 43 e os 23 anos de idade, por ordem de antiguidade, é de facto um erro colossal da natureza do Homem, e a geração que continha em si a responsabilidade de munir de ferramentas a esta geração, foi um fracasso, o legado foi descurado, a indisciplina reinou, e a catástrofe aconteceu. Criados, como na gíria se diz; á vara larga, desresponsabilizados do cotidiano, recheados de conquistas sem esforço. Não seria de esperar outro resultado que não, o actual, um mundo governado por pseudo-intelectuais esquizofrénicos, pelo facilitismo, e sobretudo por uma vontade privada, que aboliu a vontade geral ( “ O contracto social e os princípios do direito político “ de Rosseau). Esta é a geração que hoje reina.
Como tudo na vida é cíclico, que futuro espera esta geração?
Não é risonho, muito menos cor de rosa e cheio de unicórnios, os amigos e conselheiros imaginários destes comparsas. O futuro é o resultado final do presente, e o futuro dos Millenials, será de acordo com os seus feitos no presente. Em breve se irá antever como será o fim, triste e solitário por certo, quando chegar a hora da velhice; provavelmente sem reforma alguma, ou que providencie um mínimo de condições, sem estruturas sociais públicas, e mais importante, sem família. Estas duas últimas décadas, o conceito de família foi destruído, o próprio conceito biológico humano foi explodido, fruto de uma demência total, destroem se os conceitos morais, culturais e históricos. Fomenta se a indigência, a ignorância e a fantasia.
Naturalmente, que não se pode almejar, que uma geração que nada construiu, possa, naquilo que seria de esperar, usufruir do seu legado, porque a realidade dos factos, é que a mesma destruiu o legado que herdou. Suspeito que, na velhice, os Millenials sejam uns “ressabiados”, e que se mantenham na senda do facilitismo e da indigência, que os caracterizou durante o seu período áureo.
Quem vive uma vida imaginaria, morre no embate com a realidade, os Millenials não tem salvação, e para piorar, são como metastases, espalham se depressa…
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico
Estando eu dentro da faixa etária que designa a geração dos millenials, e segundo o ilustre autor do texto acima; serei portanto desprovido de intelecto, indouto e incapaz de dialogar qualquer assunto; todavia usei destas qualidades intrínsecas de uma geração, e fazendo jus ao epíteto também usado para classificar a mesma, fui a internet procurar uma citação.
“ Não concordo “
-Autor desconhecido