Odiada por muitos. Adorada por outros. Conhecida por todos. Miley Cyrus sempre andou nas bocas do mundo e nem sempre pelos melhores motivos. Apesar das críticas, Miley manteve-se fiel ao seu estilo e não se deixou abalar. Talvez graças a isso as luzes da ribalta lhe tenham sorrido, mas não só. Afinal, o que faz da (já tão não) inocente Hannah Montana o sucesso mundial que ela é hoje?
Miley Ray Cyrus nasceu em Nashville a 23 de Novembro de 1992 e cedo percebeu que o seu futuro passava pelos caminhos da representação e da música. Apesar de ter começado a sua carreira em 2001, apenas em 2006 atingiu o estrelato com a conhecida série da Disney Hannah Montana, onde pôde dar aso às suas duas paixões, não fosse a sua personagem uma Pop Star mundialmente conhecida.
Passando dos palcos ficcionais para os palcos de todo o mundo, Miley começou a sua carreira no mundo da música precisamente com a personagem que criou, com quem lançou dois álbuns, sendo que o segundo já introduzia Miley Cyrus como ela mesmo, visto que foi intitulado de “Hanna Montana meets Miley Cyrus”. Apesar de ainda estar ligada à personagem nessa data, foi em 2008 que se iniciou o início da ruptura, com o lançamento do álbum “Breakout”. O fim da série vem a acontecer em 2010, com as gravações da quarta e última temporada, algo que ditou o fim completo da ligação de Hannah Montana a Miley Cyrus. No entanto, o fim de uma personagem tão acarinhada pelo público nunca é tão linear assim e, durante muito tempo, Miley Cyrus foi vista ainda como “Hannah Montana”, apesar dos esforços para se separar da personagem.
Miley continuou a sua carreira no grande ecrã, tendo entrado em filmes como LOL e A Melodia do Adeus, mas foi nos grandes palcos que a sua carreira continuou a evoluir, com o 3º álbum “Can’t be Tamed”, em 2010.
É já com este álbum que a artista tenta a separação mais drástica da sua personagem, mas ainda sem grande impacto, mas eis que em 2013 acontece algo que vai mudar o rumo da carreira da cantora, algo que muitos classificaram como uma tentativa desesperada e exagerada de dizer o adeus final a Hannah Montana. O lançamento do single “We Can’t Stop” foi o turning point para Miley, que adoptou um novo estilo, tanto de música, como de visual. No entanto, foi com o lançamento videoclip que tudo mudou: um trabalho polémico, que apelava a maus hábitos e com uma Miley rebelde e sem pudores. E foi aqui que as opiniões se dividiram: ódio, amor, pena e tudo era motivo para se falar de Miley Cyrus. Para ela não importava o que achavam, apenas disse que finalmente se sentia confortável na sua pele, a fazer o tipo de música que gostava. Se nós acreditámos? Isso já é mais questionável.
A partir daqui foi sempre a descer (ou a subir, dependendo das opiniões). O álbum “Bangerz” foi lançado e com ele mais videoclips polémicos. Miley passou a assumir o twerk e a língua de fora como a sua imagem de marca, fazendo questão de os exibir em todos os espectáculos (quem não se lembra da cena quase sexual com Robin Thicke? Not a nice move, Miley…). As roupas e adereços extravagantes (e muitas vezes inapropriados) faziam parte do quotidiano de espectáculos da cantora, algo que não agradou aos pais dos mais novos, que continuavam a seguir a artista mesmo depois da mudança. Não sabemos se foi esse o seu objectivo, mas uma coisa era certa: ela estava nas bocas do mundo, quase que já estávamos à espera, a pensar “qual será a próxima polémica”.

A verdade é que o alarido passou, apesar de o comportamento da cantora se manter. O que era novidade passou a ser o hábito e hoje, apesar de nem todos gostarem, o estilo de Miley está definido. Hannah Montana passou à história e foi Miley que veio para ficar, quer gostem ou não.