+1 202 555 0180

Have a question, comment, or concern? Our dedicated team of experts is ready to hear and assist you. Reach us through our social media, phone, or live chat.

Herbert West – Reanimador

Caminhamos a passos largos para esta época do ano em que se celebra o Halloween – uma “trend” (tendência ou moda) importada dos Estados Unidos da América, que começou a dar os primeiros passos em Portugal pela década de 90, muito por influência da disciplina de inglês leccionada quer nas escolas quer nos institutos, através dos textos dos livros que se referiam a esta tradição, e que está a ganhar cada vez mais adeptos.

Neste contexto, e de modo a não me sentir uma carta fora do baralho, resolvi imbuir-me neste espírito, do qual as bruxas, os vampiros, os mortos vivos e outras criaturas afins fazem parte, através da leitura de um livro.

Tendo em conta que o seu autor, de nome H. P. Lovecraft, é também ele norte americano (Providence, 1890 – 1937) e ainda que revolucionou este género literário (terror, ficção estranha, científica, fantasia e horror, atribuindo-lhe elementos fantásticos típicos destes géneros), pensei que ficaria em boas mãos.

O título, não completo mas somente a parte do “reanimador”, era-me familiar, e depois de uma pesquisa rápida, cheguei à conclusão de que este livro já tivera sido adaptado para a sétima arte em 1985.

Na altura, tinha eu 15 nos, não nos era permitido ir ao cinema ver este tipo de filmes e claro que, fora isso, não tínhamos, nem de longe nem de perto, a facilidade de hoje em dia de “sacar” filmes da internet para ver em casa. Assim sendo, ficou por ver. Agora, quase quarenta anos volvidos, dei por mim e ler essa trama.

Ainda sobre o título, e apesar deste ser, por si só, bastante apelativo e revelador, não precisei de ler muitas páginas para perceber que as brincadeiras de Halloween não passam disso mesmo, brincadeiras, quando comparadas com esta pequena obra.

Embora saibamos tratar-se de uma obra ficcional, a forma usada (e ousada) pelo narrador, quer para desenvolver quer para desvendar os acontecimentos, faz com que tudo pareça muito real.

Não pude deixar de me lembrar de Mary Shelley e da sua obra: Frankenstein ou o Prometeu Moderno (Frankenstein or the modern Prometheus” nome original em inglês) datada de 1818.

Aliás, arriscaria até afirmar que, esta última, terá servido de inspiração a Lovecraft uma vez que é anterior à sua.

Apesar de suficientemente macabro, os fãs deste género literário não se importariam que o autor norte americano fosse um pouco mais como o nosso Eça de Queirós, ou seja, que enveredasse um pouquinho mais pela descrição pormenorizada de certas situações.

Este livro tem também uma particularidade engraçada que é a seguinte: no início de cada capítulo, o autor faz uma breve contextualização. Por um lado, pode ser útil para quem pegar no livro de longe a longe. Por outro lado, pode ser um pouco fastidioso reler factos já sobejamente conhecidos.

E mais não digo, para não correr o risco de “falar” demais e retirar toda a piada deste livro, o qual, apesar de ser de leitura fácil e rápida, é, simultaneamente, interessante.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do antigo acordo ortográfico
Share this article
Shareable URL
Prev Post

O filho pródigo que não regressou

Next Post

Dois Dias no Porto

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Read next

Mulan

*Contém Spoilers* As expectativas que tinha para ver este filme eram muito altas. Adoro a história na animação…

Quase o fim

Sinto que é quase o fim, P. Não sei. É aquela a sensação de que algo está a acabar, sabes? Não sei o quê. Penso…

O Caso Spotlight

Finalmente chegou às salas de cinema o filme que todos comentam e, não pense que verá qualquer coisa de impudico…