Fazer “ghosting” significa romper contatos com alguém que se estivesse a construir um envolvimento amoroso, a parte do “fantasma” é precisamente porque isto é feito sem qualquer conversa ou justificação. Poderá não ser ainda uma relação amorosa, mas uma relação que estivesse a direcionar-se para esse sentido.
Este artigo pretende ir de encontro aos motivos que levam alguém a fazer isto, não que isso o justifique, mas ninguém tem este tipo de atitudes sem um motivo aparente. Ainda que seja um comportamento padrão e já se o faça por sistema, há um motivo para fazê-lo. Existe quem o faça porque tem o hábito de mentir e omitir os seus sentimentos para desfrutar de uma relação temporária, evitando aborrecimentos. No sentido contrário, há de facto algumas pessoas que têm muita dificuldade em magoar alguém. Ou seja, assumir perante alguém que se precipitaram, que confundiram o êxtase de conhecer alguém novo com uma paixão. Mas é importante que essas pessoas reflitam que um “não sei” é uma porta sempre aberta de um espaço de angústia e só o “não” pode fechá-la. Saber que não se é correspondido é algo muito difícil, mas é concreto e a única opção é seguir em frente. A verdade é que deixar nas pessoas falsas esperanças, quando não é viável tê-las, torna-nos pessoas egoístas.
Mas atualmente há um tipo de Ghosting que está na linha da frente na inquietação de bastantes corações, esse que se relaciona com as redes sociais. Que justificativa se pode dar a uma pessoa que sumiu, mas que continua vigilante a todos os movimentos na rede social?
Duas opções.
Uma delas é que há pessoas que gostam muito, mas não amam, e por esse motivo deixam a pessoa em suspenso, deixando migalhas de atenção, para que ela não esqueça, deixando assim uma esperança de retomar. Claro que isto, na maioria das vezes, acontece até a pessoa encontrar alguém que realmente se apaixone. Isto funciona como um plano B para quebrar a solidão. A segunda opção, é que há pessoas que têm medo de se relacionar com alguém que mexe demasiado consigo, isto quando é um sentimento muito grande, mas há postura insegura e/ou ciumenta da parte da pessoa. Há quem sinta medo de se envolver em relações muito profundas pela dor da antecipação, querendo com isto dizer que antecipam o medo da perda, provocando em si um estado de pânico do qual têm tendência a fugir.
Em todas estas opções, a verdade é sempre o melhor caminho, porque dá ao outro/outra a possibilidade de decidir algo com a realidade e não com fantasias ou especulações.
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico