Ninguém passou, entre os anos 2017 e 2018, indiferente à musica da Carolina Deslandes. Já para não falar da muita tinta que se fez correr, em julgamentos, juízos de valor audazes por namorar com o seu produtor acabado de terminar um casamento relâmpago com uma cantora conhecida.Não falo do sucesso que esta miúda teve desde os Ídolos, falo de uma música em específico que ficou presa na mente de todos nós ou trauteamos regularmente: “Vida Toda”. Um tema escrito a pensar no agora ex-namorado e actual e imutável pai dos seus filhos – para a vida toda.
Carolina Deslandes para a vida toda
Maria Carolina Martinez Deslandes, conhecida apenas por Carolina Deslandes, é uma cantora e compositora nascida, em 1991, em Lisboa e com mais de 10 anos de carreira, como todos mais ou menos bem sabemos.Sucede que, como tudo que é bom acaba, todos acham que podem comentar e só porque é “figura publica” podem pôr o dedo na ferida vezes sem conta, garantindo que está mesmo a sangrar. Opinam e até satirizaram dizendo algo como o que li: “Carolina afinal não era para a vida toda!”
Comecemos pela leitura literal. O que é para a vida toda, se vivemos várias vidas numa só vida? Vida toda é até morrer (vida de carne e osso) ou vida toda é enquanto aquele amor tiver vida? Ou, então, porque não pode ser mesmo para a vida toda, apesar de acabar?Esta música para a vida toda, tal como diz a autora, é «o que eu quero dizer como quero dizer e ponto. É para dizer “que me fodeste a vida”? Eu vou dizer fodeste-me a vida. Não vou dizer que me arreliaste, que me chateaste. Vou dizer fodeste-me a vida. Vou dizer “sou eu que sou a louca ou és tu que fazes merda?” Não vou dizer “sou eu que sou a louca ou és tu que brincas comigo?”» Pessoalmente, acredito mesmo que é para a vida toda. O da Carolina e o de todos nós, porque todos são para a vida toda, mesmo que a vida toda seja amanhã.
A Carolina viveu um amor para sempre que acabou, como acabam tantos outros. O amor romântico não vingou, mas foi para sempre, tal como foi para a vida toda. Porém, agora, está na hora de viver o prazer dos teus concertos, a transbordar de outro amor para a vida toda, porque, às vezes, há vidas que mesmo para a vida toda têm o seu glorioso fim.