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EUA: Já não querem ser os polícias do mundo

Entraram em guerras em nome da democracia e dos direitos humanos. Têm sido os polícias do mundo, desde a Segunda Guerra Mundial. Hoje, porém, os americanos não querem continuar a assumir esse papel.

“Não devemos ser os polícias do mundo”, defendeu Barack Obama, no seu discurso em 2013. E muitos americanos parecem concordar com o presidente. Num estudo da NBC News/Wall Street Journal de 2014, 47% dos entrevistados disseram que os Estados Unidos da América (EUA) se devem tornar menos activos nos assuntos mundiais. A opinião é hoje diferente da que se seguiu aos ataques de 11 de Setembro de 2001, quando grande parte dos americanos queriam ver um maior envolvimento.

Desde o início do século, a postura dos americanos mudou e o presidente dos Estados Unidos também. Barack Obama foi eleito para acabar com as guerras do seu antecessor e para trazer de volta para “casa” milhares de norte-americanos. Distanciou-se formalmente da política externa e militar de Bush e defendeu que os EUA não deviam de ser os polícias do mundo.

Contudo, enquanto alguns podem argumentar que é hora de reduzir os compromissos internacionais, o jornalista vencedor de um prémio Pulitzer e autor do livro America in Retreat discorda totalmente. Segundo Bret Stephens, o mundo precisa de polícias e quem deve assumir esse papel são os EUA. “Os Estados Unidos são os polícias do mundo, porque não há alternativa”, defende. No entanto, será que não há mesmo alternativa? O jornalista diz que não, porque não vê condições para outros países assumirem este papel. Além disso, segundo Bret Stephens, apesar da Organização das Nações Unidas ter sido formada para manter a ordem e proteger os direitos humanos, esta não tem sido eficaz.

Perante aquilo a que o jornalista chama de falta de alternativas, ao longo das últimas décadas, os EUA tornaram-se cada vez mais activos nos assuntos mundiais e intervieram em diferentes países. Porém, hoje Barack Obama está ciente da aversão de muitos americanos a uma grande intervenção no exterior e parece concordar com eles.

Os americanos parecem não querer ser mais os polícias do mundo. Então, as questões que se colocam são: O mundo alguma vez precisou de um polícia? Os EUA deveriam ter assumido esse papel? Os americanos alguma vez deixarão de policiar? Num momento em que as ameaças parecem ser cada vez mais e maiores, quais as consequências da mudança de postura dos americanos? E, a um ano das eleições, já podemos perguntar: qual será a postura e a acção do próximo presidente dos EUA?

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