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Entre nós e os outros

Cor, sexo, altura, religião, crenças, cultura: são muitos os factores que distinguem os indivíduos de todo o mundo.

A amplificação de trocas comerciais e ideológicas, também chamadas de globalização, bem como o desenvolvimento tecnológico, veio permitir a aproximação de sociedades situadas em lados opostos do globo. Por outro lado, as grandes potências exercem por vezes uma grande hegemonia nos países mais pobres, levando-os a absorver não só os seus produtos e a aceitar as suas ideias, mas também a aplicar os seus costumes e outros elementos culturais, dá-se a aculturação.

Muitos defendem a igualdade entre os povos, outros a preservação da cultura de cada povo como identidade do mesmo. Em oposição a valorização do que é global, como a moda, os comportamentos, os artistas mais reconhecidos, há quem contraponha, valorizando a individualidade, a identidade e a diversidade em cada cultura, povo, ou etnia.

Göran Therborn, professor de Sociologia na Universidade de Cambridge, diz que é preciso distinguir as noções de diferença e desigualdade, sendo a primeira desejável e a segunda um conjunto de diferenças indesejáveis. O sociólogo Boaventura Santos corrobora esta caracterização, afirmando que “devemos reivindicar a diferença sempre que a igualdade é opressora e devemos reivindicar a igualdade sempre que a desigualdade é exploradora, ou excludente”.

 

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A desigualdade existe a vários níveis, sendo que a existência de grandes potências evidencia a que existe nos países mais pobres. Para além de um menor poder económico, estas sociedades do chamado 3º mundo têm um grave défice de acesso às condições básicas de vida como alimentação, alojamento, educação, saúde e mesmo a água potável. Esta falta de condições leva a que, no seio destas populações, se desenvolvam doenças que, na maioria dos casos, leva à morte e, consequentemente, a um índice de mortalidade elevado.

Nos chamados países desenvolvidos, situados sobretudo na América do Norte, Europa e Ásia Maior, o nível de vida é bastante diferente. O acesso às necessidades básicas é, quase sempre, garantido. Contudo, a nível cultural, por vezes, as sociedades mais desenvolvidas acabam por reprimir as populações em minoria. A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2001) afirma, no seu artigo 4º: “A defesa da diversidade cultural é um imperativo ético, inseparável do respeito à dignidade humana. Ela implica o compromisso de respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais, em particular os direitos das pessoas que pertencem a minorias e os dos povos autóctones”.

Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU), visitou Portugal e realizou um relatório que retrata a descriminação em Portugal como um “racismo subtil”. Segundo o documento, as pessoas de origem africana não têm igualdade de acesso à educação, aos serviços públicos, ao emprego e são vítimas de discriminação racial por parte das autoridades. A ONU exige, neste relatório, a criação de programas e instituições centradas nestas pessoas. Portugal contrapôs a posição da ONU: “ [Portugal] é amplamente reconhecido no plano internacional face às suas políticas de integração inclusivamente pelas Nações Unidas”.

Para além da defesa da identidade de cada povo, há também organizações, como a Cruz Vermelha, ou os Médicos sem Fronteiras, que lutam pela igualdade de oportunidades, sobretudo, no acesso aos cuidados básicos acima referidos. Estas instituições têm um papel fundamental para que, cada vez mais, o nível de vida das populações em desenvolvimento melhore ou, pelo menos, não piore. A distribuição de alimentos, a construção de escolas e a prestação de serviços de saúde contribuem para que a qualidade de vida destas pessoas, mais pobres a nível económico, seja melhor e para que a sua esperança média de vida aumente.

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