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E agora, Kevin Durant?

Todos os seguidores da NBA sabem quem é Kevin Durant, provavelmente a fama do atleta até alcança outros públicos mais afastados no que à maior liga de basquetebol do mundo diz respeito. Porém, se não conhece, é provável que nesta temporada oiça falar muito mais de um dos melhores jogadores da actualidade. Depois de 8 anos – equivalentes a 561 jogos – a representar os Oklahoma City Thunder, Durant rumou a Golden State numa opção de carreira que surpreendeu, chocou, fabricou ódios, mereceu alguns aplausos e ainda mais apupos. Porquê? Porque a lealdade foi posta em causa pelos fãs dos Thunder e a fibra de campeão foi questionada pelo público em geral, com a excepção óbvia dos adeptos dos Warriors que passam a observar a sua equipa como a principal candidata ao título da temporada 2016/2017. Porquê? Nós explicamos.

Os vice-campeões da NBA ofereceram um contrato de dois anos a Durant. No primeiro, ano o jogador vai receber mais de 23 milhões de euros e, no segundo, mais de 24 milhões. No fim do primeiro ano, é o jogador quem decide se quer continuar na equipa a receber os valores acordados ou se prefere ficar livre e renegociar o seu contrato. A última hipótese é a que tem mais probabilidades de ocorrer, mas, se tudo correr bem neste enlace, a renegociação será feita novamente com os Warriors. Com valores tão avultados, é certo e sabido que a equipa de Oakland hipotecou o futuro em termos financeiros e que não vai ter margem salarial para comprar jogadores nos próximos anos. É um risco que qualquer uma das outras vinte e nove equipas da NBA tomaria para ter um jogador assim nas suas fileiras. Convém recordar alguns dos feitos de Kevin Durant: seis vezes eleito para a equipa ideal da liga – uma delas para a 2ª e cinco vezes para a 1ª -, quatro vezes melhor marcador da época regular e uma vez eleito jogador mais valioso da temporada, prémio conquistado na época 2013/2014. As médias de carreira chegam a números como 27.4 pontos por jogo, 7 ressaltos, 3.7 assistências, 1.2 roubos de bola e ainda 1 bloco. Se a isto tudo juntarmos jogadores como Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green, torna-se simples compreender o favoritismo teórico centrado nos Golden State Warriors.

É certo que a equipa sacrificou alguns jogadores importantes na rotação para ter espaço para encaixar Durant: Harrinson Barnes, Andrew Bogut, Festus Ezeli e Leandrinho Barbosa são exemplos disso. Mesmo com as entradas do veterano David West e dos postes Zaza Pachulia e JaVale McGee, parece justo afirmar que se dissipou alguma profundidade no banco. Se isso é um problema? Não. Os Warriors estão mais fortes do que na época transacta, em que foram finalistas vencidos, depois de liderar a série final por 3-1 e acabar por perder 3-4 diante dos Cleveland Cavaliers, liderados por Lebron James e Kyrie Irving. Ou seja, estão mais fortes do que toda a liga. É claro que existe a questão do entrosamento e isso vai ser decisivo para o sucesso da equipa na fase a eliminar, a bola é só uma e vai ter de rodar principalmente entre os Splash Brothers (Curry e Thompson) e Durant. Até agora tudo tem corrido às mil maravilhas. Klay Thompson já realizou um jogo em que alcançou a marca dos 60 pontos, Curry continua a jogar em forma de MVP e Durant está mesmo a ter uma das suas melhores épocas a nível individual, principalmente em percentagem de lançamento de campo. Os ‘pick&rolls‘ de uma formação com três ameaças ofensivas deste calibre têm sido mais do que suficientes para dar ao jogador vários lançamentos sem contestação suficiente para ser um problema.

Com todos estes factores somados e sacrifícios executados, é muito provável que o que acontecer em Abril e Junho – altura em que disputam os Playoffs e a final da NBA – do próximo ano seja definidor da carreira de Kevin Durant. Se os Golden State Warriors forem campeões, ninguém, em termos objectivos e desapaixonados, poderá criticar a sua opção. Caso o fracasso colectivo aconteça, é bem provável que Durant nunca mais consiga recompor os seus índices de popularidade e, mais grave do que isso, é possível que uma eventual derrota colectiva seja sinónimo de desastre individual em termos daquilo que separa os grandes jogadores das lendas: anéis de campeão.

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