Nestes meses foi-me lançada a seguinte questão: “De que forma é que o pensamento massificado está a eliminar o pensamento intelectual e singular?”
Dei por mim a pensar em Hitler! A pessoa ouve a palavra “massas” e é logo levada para esse momento da história.
É evidente que existe um pensamento individual e que existe um pensamento colectivo.
Esse pensamento de grupo, por incrível que pareça, é composto por indivíduos próprios.
Na psicologia Freud já abordava a psicologia das massas. As sociedades foram criadas com base neste pensamento de grupo. A democracia é assente nisto e até as ditaduras têm disto.
A maioria decide e acontece. Um indivíduo decide e a maioria segue. E ainda assim, muitos são os que ficam de fora.
Frases como, “Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és”, ou, “Um pouco de fermento leveda toda a massa” são ouvidas por séculos!
As redes sociais são palco desta teia de pensamentos. Temos as pessoas líderes que dão a sua opinião de uma enfiada, temos as pessoas rebanho, que seguem uma opinião sem pensarem muito no assunto, e temos os que se abstêm. Tal qual um sistema de eleições.
Na verdade, isto sempre aconteceu, só que na actualidade é mais visível.
Temos actualmente tanta informação e tanta opinião, que se torna mais fácil, e cómodo, seguir o que diz alguém, do que pensar por si próprio.
As pessoas estão cansadas, stressadas e sobrecarregadas.
As críticas tornaram-se em bocas cheias de ódio.
O verdadeiro pensamento crítico entrou em extinção.
Muitos abstém-se de dar a sua opinião com medo das repercussões, ou seja, de insultos.
Os extremos estão cada vez mais acentuados.
E não, não estou a falar de política, religião, cultura, psicologia, ciência, falo da vida.
Porque é na vida que tudo acontece.
Deixa que o teu pensamento se construa em ti e não te canses de pensar por ti. A tua opinião conta e é válida. Com respeito, com base, com amor.
“ As convicções são mais nocivas à verdade de que as dúvidas “
-Nietzsche
Vivemos numa sociedade cada vez mais cheia de convicções adquiridas via “influencing” e com pouco espaço para a dúvida e pensamento próprio.
O consumismo já entrou no espectro da reflexão e da capacidade de pensamento crítico próprio. As pessoas já não querem fazer o exercício de reflexão ( dá muito trabalho, demora tempo), preferem reflexões já prontas.