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Diz-me que jornal lês e dir-te-ei quem és

“O jornalismo não deve ser sempre a expressão mais ou menos real das ideias recebidas; ele não é
somente o arquivo da opinião moderna: a repercussão duma impressão geral; ele é o motor dos espíritos, descobre novas e fecundas relações sociais entre os povos dum mesmo continente; ele
consagra e robustece a solidariedade moral que liga os homens, a fraternidade que os prende.”

Eça de Queirós (retirado do livro “Páginas de Jornalismo. Vol. II. Porto: Lello & Irmão, 1981.”)

Hoje em dia somos bombardeados de informação por todos os lados, é na televisão, nos jornais e, claro, nas redes sociais. Cabe-nos a nós, o discernimento de tentar perceber o que é verdadeiro e o que é falso. Num mundo onde tudo se encontra à distância de um click e onde tudo é de “fast” consumo fica cada vez mais difícil “separar o trigo do joio”. É aí que entram as grandes marcas do sector de informação e comunicação, em Portugal na minha opinião os mais fidedignos são o Expresso, o Público, a Visão e a RTP. Lá fora os nomes mais sonantes passam pelo El País, The New York Times, The Guardian, CNN, etc.

Contudo, o que é que faz com que estas marcas se destaquem no seu meio?

Muitos dirão que é a quantidade de notícias que são disparadas para o consumidor, mas a meu ver o que faz estas marcas se destacarem é a ética e a transparência da informação. Habituam o seu público á verdade e áquilo que realmente interessa. Por exemplo, um atropelamento numa passadeira, é caso para ser primeira página num jornal? É, se esse atropelamento tiver de alguma maneira um impacto social na vida das pessoas.

Existem muitas marcas que aqui não vou citar, que são corriqueiras, que tentam fazer do mais pequeno incidente uma notícia, que não fazem trabalho de pesquisa, que em vez de informação só trazem desinformação, essas são descartáveis e só atraem o público por mera curiosidade ou então para servirem de “memes” na internet.

É por isso que apresentar um jornalismo de excelência (entenda-se por verificação rigorosa dos factos e sem manipulação dos mesmos) é crucial e o que faz com que estas marcas sejam conceituadas.

Acompanhar as tendências também é importante, falo da presença online que nos tempos que correm é ditadora do sucesso de uma marca. O digital está cada vez mais em alta e actualmente quem não está na internet é como se não existisse.

No entanto, tenho pena que o acto de ler o jornal em papel tenha já deixado de ser um hábito, ainda me lembro de ir á confeitaria ao domingo de manhã e ver os senhores (e senhoras também) sentados a bebericar o seu cafézinho e a ler o jornal, coisa que o meu próprio pai fazia, coisas de outros tempos, de outra era.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico.

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