Nunca fui fã do anime de Pokémon. Não porque não gostava, mas porque simplesmente não via. A minha preferência eram os Digimons e o Doraemon. Isso não significa que não goste de Pokémon; gosto imenso. Comecei por jogar o Pokémon Gold, o meu preferido de todos. Recebi um Gameboy Color e os meus pais compraram-me o Gold. O meu irmão tinha o Blue e o Yellow e, de vez em quando, conseguia surripiá-los e jogar.
Mais tarde, ele recebeu o Pokémon Crystal, uma invenção maravilhosa onde os Pokémons se mexiam! Eu recebi o Silver, uma alternativa ao Gold, mas com a Lugia. O amor pelos Pokémons foi crescendo, e joguei o Rubi e o Esmeralda. Muitos anos mais tarde (o ano passado), o meu namorado comprou uma Nintendo 3DS. Rapidamente comprámos o Pokémon Sun, Omega Ruby e, recentemente, ofereci-lhe o Pokémon Y.
Quando, há poucos anos, surgiu a ideia do Pokémon GO, vibrei com a ideia! Que fantástico! O jogo saiu um pouco diferente do que esperava, mas continua a ser muito bom. São raros os momentos em que estamos na rua e não temos o Pokémon Go ligado, apesar de o meu namorado ter mais interesse no jogo do que eu.
Tinha receio que o filme do Detective Pikachu fosse um falhanço, em especial por ser live action. Se não for bem feito, nem é filme de animação nem filme com actores reais. Face, especialmente, ao muito criticado trailer do Sonic, o medo manteve-se, mas não havia qualquer razão para tal.
Assim que começa o filme, somos transportados para um mundo que só existia nos nossos sonhos. Um mundo onde os Pokémons e as pessoas pudessem conviver, pudessem ajudar-se mutuamente. Fui ver o filme ao cinema, mas sei que o vou rever eventualmente. Aparecem tantos Pokémons, às vezes só de passagem, que basta piscar os olhos e já os perdemos. O filme é fantástico em mostrar que os Pokémons fazem parte do dia a dia das personagens. Temos Machamps a desviar o trânsito de um dorminhoco Snorlax, Pidgeots a voar e Aipoms a brincar.
Segundo este e este website, o filme tem – no mínimo – um total de 54 cameos de Pokémon. Todos eles estão fantásticos; ao contrário de algumas pessoas, adorei o Mr.Mime e a Jigglypuff. Nem todos os Pokémons são bons, e a Jigglypuff é claramente ameaçadora.
A história é facil de seguir: Tim Goodman (Justice Smith), a personagem principal, não tem nenhum pokémon. É uma das poucas pessoas que decide não ter nenhum como seu parceiro. Os primeiros minutos de filme contam-nos uma das tentativas do seu melhor amigo convencê-lo – desastrosamente – a ter um pokémon. O plot revela-se quando Tim é chamado a ir à polícia onde lhe contam que o seu pai morreu, juntamente com o seu pokémon. Quando Tim está em casa do seu falecido pai, encontra um Pikachu (Ryan Reynolds), que acredita ser um detective com amnesia.
Apesar do choque inicial de conseguir entender um Pokémon, os dois protagonistas juntam-se para tentarem resolver dois mistérios: a amnésia de Pikachu e a morte do pai de Tim.
Não posso contar muito mais, porque estragaria o fantástico filme que vos convido – mesmo – a verem. É garantidamente um dos meus filmes preferidos de 2019. Ryan Reynolds faz novamente um papel fantástico, assim como os actores que surgem, Kathyrn Newton, Bill Nighy e Ken Watanabe.
Acrescento só que o meu namorado levou demasiadas cotoveladas quando o filme atingia níveis épicos de “fofinhice” (cortesia do Detective Pikachu) ou quando a história se tornava triste (cortesia dos fantásticos actores e do Detective Pikachu).
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