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Desde que me amo, o meu corpo está mais bonito

“Mente sã, corpo são”. Há quem, como eu, acredite nesta máxima. A ideia de que a mente comanda o nosso corpo e influencia o seu desempenho. Viver bem com o corpo que temos nem sempre é fácil. E isso acontece porque a nossa mente está sempre numa busca desesperada pela perfeição, sem que se aperceba que ela não existe.

“Estou tão gorda” ou “ sou tão magra, quem me dera ter curvas”, são duas das frases que mais dizemos quando nos olhamos ao espelho. A imagem que passamos para o exterior é importante, mas mais importante que tudo é a imagem que temos de nós próprios. Aquela que vemos ao espelho quando estamos completamente nus e que é refletida pelo estado da nossa mente. Às vezes, aquela gordurinha não existe. A celulite não é assim tanta e as borbulhas mal se notam. Mas basta o nosso cérebro dizer-nos o contrário que nós acreditamos. No fundo, está tudo na nossa cabeça. Se conseguirmos aprender a olhar para nós com uma mente limpa de preconceitos, mais facilmente aceitamos o corpo que nos foi dado.

Ao longo da vida, vamos percebendo que a sociedade está formatada. Um polícia ou um advogado não pode ter tatuagens visíveis. Quantos mais piercings tens mais provável é seres chamado de “rebelde” na rua. É como se tudo o que faças seja avaliado pelo que és por fora. E isso consome-te. Na maior parte das vezes, não te importas se tens uns quilinhos a mais porque sabes que estás linda/o na mesma. Mas a tua mente diz-te que os outros vão olhar-te de lado. Vão chamar-te gorda/o, rir-se e olhar para ti enquanto optas pelas batatas fritas ao invés da salada como se estivesses a cometer um pecado. Mas cabe a ti mudar isso. E, sim, falo diretamente para um “tu” porque sei que tu, que estás a ler isto, já sentiste alguma insegurança com o teu corpo. Já quiseste mudar e já sentiste vergonha de o exibir na praia. Mas, bom, não precisas. O primeiro e único passo para esse sufoco ter um fim é aceitares-te. A partir do momento em que gostares de ti como tu és, a opinião dos outros não vai importar.

Não é um cliché, quando dizemos que “se eu não gostar de mim, ninguém gostará”. É a maior verdade existente no planeta. Porque, na verdade, o outro vai sempre encontrar algum defeito em ti. Ou estás gorda ou estás magra de mais. Ou tens celulite ou andas a tomar coisas ilegais para estares com o corpo em forma. Nunca nada serve ao outro. E porquê? Porque é a mente que comanda. E a mente do outro vai sempre procurar algo para te rebaixar. Porque esse outro também tem inseguranças e, por vezes, rebaixar-te fá-lo sentir-se um bocadinho melhor. A não ser que não deixes. Ama-te e ensina o outro a amar-se. A gordurinha a mais, o peso a menos, a borbulha, a celulite,… Tudo isso faz parte da vida. Com o teu nascimento, isso vem tudo atrás e, um dia, hão-de vir as rugas e os cabelos brancos e vão ficar bem em ti. Porque significam história. A tua história.

Não há um segredo para teres o corpo que vês naquela capa de revista. Mas há um segredo para gostares do corpo que vês ao espelho: amares-te. Amares cada pequenino detalhe. Cada marca, cada cicatriz,… Se perceberes que és única/o e ninguém é igual a ti vais, certamente, amar o teu corpo. E vais desistir de o querer mudar. Porque não tens de mudar. O que é teu é teu e não podia ser mais bonito.

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