Já há muito que não se fala da Ucrânia. Durante largos meses, foram imensos os tendenciosos directos televisivos que relatavam o que sucedia naquele país do leste europeu. Os debates sobre qual seria melhor para a Ucrânia eram o pão nosso de cada dia e muitos foram os que apoiaram a propaganda do Regime que se encontra agora no Poder em Kiev.
Multiplicaram-se as sanções, na sua grande maioria com o carimbo da União Europeia, à Rússia, porque supostamente esta leva a cabo um não provado apoio aos Rebeldes separatistas pró-russos que combatem os neo-nazis que se encontram na outra metade do País. A União Europeia resolveu colocar de lado um importante parceiro económico que poderia ajudar os Países do Sul a sair da crise em que se encontram para defender e apoiar gente que tem tiques ditatoriais como este que foi noticiado muito timidamente num site internacional.
Pessoalmente, não me admira mesmo nada o rumo que as coisas estão a tomar na Ucrânia. Só não via tal na altura em que tudo começou quem não quis ver e apoia este tipo de gente.
Assim como também não me surpreende que a União Europeia continue a apoiar o regime neo-nazi de Petro Poroshenko/Arseniy Yatsenyuk. No fundo e no cabo, o modus operandi de ambos é o mesmo. A União Europeia fez e faz basicamente o mesmo, quando surge um qualquer seu estado-membro que não comungue das suas políticas… Veja-se o que sucedeu na Grécia e o estado em que se encontra o pais, porque os seus cidadãos elegeram, de uma forma democrática, um partido cujos elementos têm outra forma de ver e de solucionar o problema da zona euro. O regime de Petro Poroshenko/Arseniy Yatsenyuk faz o mesmo contra quem está contra eles, ou pensa que a Guerra que assola o território pode e deve ser tratada de outra forma.
Não estou com isto a defender o Partido Comunista Ucraniano. Tenho por hábito determinar o meu sentido de voto consoante os programas que os partidos apresentam, ou seja, o mesmo é dizer que não tenho veia partidária, nem quero alguma vez ter, porque a militância se confunde muitas vezes com associativismo. Assumo-me como um Homem de Esquerda que não pactua com Regimes Ditatoriais, ou que tem tiques ditatoriais, que depois se refugiam nas Redes Sociais para darem uma imagem daquilo que não são. Daí que esteja aqui a tecer (mais uma) dura crítica a mais uma auspiciosa vitória da Europa.