Muitas empresas complicam tudo… têm uma estratégia complexa, uma comunicação demasiado desenvolvida e uma forma de trabalhar com tantas variáveis que não se apercebem que ao serem demasiado complexas podem não estar a fazer o melhor caminho.
Desde a comunicação interna à comunicação com os Fornecedores e Clientes externos, as empresas em Portugal denotam uma enorme falta de simplicidade, uma estratégia de comunicação obsoleta e de eficácia garantida.
Não será a simplicidade de estar e de ser uma mais-valia?
Claro que sim! Todos gostamos de receber mensagem concretas e precisas, quer seja por parte das chefias, dos colegas, ou por parte das empresas que nos prestam serviços. Quantas das vezes, enquanto Clientes, não nos sentimos perdidos, pois as orientações são, de tal forma, vagas que preferimos desistir de algo ou procurar num outro lugar onde a informação seja mais fluída. E, enquanto colaboradores numa empresa, quantos de nós já não se depararam com uma comunicação de tal forma intrincada que temos a plena sensação que quem escreveu o texto, seja de um email, de um procedimento ou de uma comunicação informativa, não tem a noção do que está a falar e, num texto de mais de mil palavras, tudo se resume a um: O quê?! Não entendo! Por parte do leitor.
O que é a simplicidade no Marketing e na Comunicação?
Passagem de uma informação, de forma simples e clara, com conteúdo de valor para o leitor – para mim esta é a simplicidade que o Marketing nos exige! Quer seja durante a preparação do Plano de Marketing Anual, quer seja na forma como comunicamos com os nossos interlocutores (internos ou externos). Apenas desta forma podemos trazer todos a bordo, tornar o nosso receptor o herói da nossa história, de forma única, personalizada, e inequívoca.
Os colaboradores têm de saber como agir, devem saber o que se espera deles e acima de tudo têm de saber que são parte da engrenagem a que se chama equipa – são parte do nosso modelo competitivo e também eles têm um papel determinante no sucesso da empresa.
Os Clientes têm de saber que estamos aqui por eles e para eles, que durante todo o processo negocial que decorra com a nossa empresa, vamos apoiá-los, vamos ajudá-los e acima de tudo, o nosso objectivo final é a sua satisfação – se conseguirmos envolvê-los no nosso dia a dia, dar-lhes conhecer todas as nossas valências e acima de tudo, qual o valor que aportamos para eles, então temos o elo criado.
No tempo dos nossos avós dizia-se: Não há melhor publicidade que o passa palavra!
Já alguma vez recomendaram alguém? Quanto tempo demoraram a fazê-lo? Se tiverem de recomendar por escrito não vão ser objectivos e pragmáticos?
Não obstante os factores acima referidos, existe também um estudo realizado pela Microsoft que segundo a conclusão da pesquisa, a capacidade de concentração dos humanos está a ficar mais reduzida por impacto dos dispositivos portáteis e das redes sociais.
Vivemos tempos diferentes, e cada vez mais o nosso leitor sabe o que quer, e como quer ser esclarecido!
O leitor (seja ele colaborador, cliente, fornecedor, etc) quer saber o mais possível de forma clara e transparente – quer ser envolvido, quer fazer parte de algo, por isso deixemos para trás a comunicação labiríntica, complexa, confusa e muitas das vezes sem qualquer conteúdo.
Aventuremos-nos na comunicação clara e em vez de caminharmos à frente ou atrás do nosso leitor, desbravemos caminhos lado a lado.