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Bob Proctor

Bob Proctor partiu no dia 3 de Fevereiro com 87 anos de idade. Este Canadiano era um empreendedor inspirador que continuava ativo, tendo eu, inclusivamente, pertencido a um grupo de estudo leccionado pelo próprio ainda em 2021.

Proctor teve um início de vida difícil, mas tudo mudou quando leu o livro Think and Grow Rich de Napoleon Hill, que menciona diversas vezes nas suas palestras e que ainda li diariamente. Essencialmente, o principal ensinamento desse livro é que tudo é uma criação da mente (nós “só” temos de re-aprender a pensar). Proctor foi também influenciado por Earl Nightingale, que chegou a ser seu mentor, cuja lição Atitude, A Palavra Mágica comentada pelo próprio Proctor está disponível no YouTube, e que defende que é a atitude que decidimos manter na vida ou, para ser mais precisa, a atitude que nutrimos diariamente, que define os resultados que obtemos.

A mudança é inevitável, mas o desenvolvimento pessoal é uma escolha.

Mais do que falar do seu percurso, que está disponível em qualquer biografia, quero abordar aqui a sua filosofia de vida e como essa mentalidade é decisiva para se ser bem sucedido na vida.

Proctor acreditava firmemente que cada um de nós nasceu rico, tendo escrito um livro e desenhado um curso intitulado You Were Born Rich, onde defende que existem três planos: o plano espiritual, o plano mental e o plano físico. O principal erro do ser humano comum é querer ir do plano físico para o plano espiritual, ou seja, a pessoa quer ter determinadas coisas no plano físico para se sentir de determinada forma. Por exemplo, a pessoa quer ter uma quantia elevada de dinheiro para se sentir segura, livre, feliz, rica, valorizada, amada, etc. Ora, o segredo é justamente fazer as coisas inversamente: para se obter algo no plano físico, será primeiro necessário alinhamento ao nível espiritual com a essência desse objetivo, ou seja, sentir as sensações que se associam ou que representam para a pessoa essa manifestação no plano físico. No exemplo acima, a pessoa teria primeiro de se sentir como acredita que se sentiria caso tivesse uma quantia elevada de dinheiro para que essa manifestação pudesse ocorrer. Ou seja, teria primeiro de desenvolver uma consciência de prosperidade (exemplificada na forma como a pessoa pensa e se sente) para que a tal quantia se pudesse manifestar no plano físico.

Portanto, Bob Proctor dizia que vivemos num oceano infinito de ideias e que cabe a cada um alinhar-se com as que estão em concordância com o que queremos experienciar, quase como se fossemos um rádio que tem de se sintonizar com a estação que deseja ouvir. As ideias às quais escolhemos dar (e manter) atenção influenciam os pensamentos que se formam na nossa mente, que, por sua vez, afetam a maneira como nos sentimos. E a simbiose entre pensamentos e emoções dá, por sua vez, origem a manifestações no plano físico. Ou seja, uma ideia que seja mantida na mente durante muito tempo associada a uma emoção intensa acaba por se manifestar na nossa vida.

A maioria dos gurus financeiros defendem ideias deste género e, embora sejam conceitos aparentemente simples, a compreensão nem sempre é óbvia devido a padrões de comportamentos e pensamentos que fomos alimentando ao longo da vida, isto é, devido aos hábitos que adquirimos na nossa forma de pensar. Este princípio é a base da física quântica, mais concretamente do efeito do observador que sugere que o observador é uma parte fundamental na manifestação da partícula, ou seja, é um componente ativo no desfecho da experiência.

Considero Proctor uma grande inspiração não só pela sua resiliência e capacidade de traduzir assuntos aparentemente complexos em ideias fáceis de assimilar e entender, mas – sobretudo – pela sua paixão pelo que fazia. Este visionário era inegavelmente apaixonado por esta arte senão de que outra forma se manteria ativo aos 87 anos? Trata-se de um verdadeiro exemplo da capacidade de continuar a fazer aquilo que mais se gosta com a mesma tenacidade e alegria de quando se começa. Acredito que é este o factor que distingue líderes, esta fluidez através do processo que acaba por inspirar todos à volta.

Basta ver um dos seus vídeos para se sentir a energia contagiante de Bob Proctor. As palavras são muitas vezes subvalorizadas e preteridas em prol de ações, mas são as palavras a primeira chave de entrada na mente e é através delas que os paradigmas se formam. Para Proctor paradigmas são ideias pré-concebidas que pensámos tantas vezes que as tomamos como verdade. Digamos que os paradigmas são crenças. E sobre este tema Proctor citava frequentemente a brilhante frase de Buckminster Fuller:

Tu não podes mudar uma realidade existente lutando contra ela. Constrói um novo modelo que torne o velho modelo obsoleto.

Esta frase transmite na íntegra todo o trabalho que Bob Proctor veio a realizar ao longo das últimas décadas e que continua através do Proctor Gallagher Institute: o trabalho de mudar mentalidades, de mudar o mundo, uma mente de cada vez. Afinal, se queremos mudar o mundo, temos de primeiro mudar-nos a nós próprios.

É inspirador escutar seres humanos partilharem informação que tem a capacidade de libertar a nossa mente. Maioritariamente por falta de fé ou pela forma como fomos criados, tornamo-nos desconectados com o nosso potencial interior. É como se as nossas aptidões ficassem adormecidas ao longo do caminho e nos habituássemos a acreditar que o mundo é apenas aquilo que vemos com os olhos. Esquecemo-nos que tudo o que vemos é uma criação da mente e que foi primeiramente apenas visível na imaginação de alguém.

O trabalho de vida de Bob Proctor foi extraordinário, pois Proctor ajudou pessoas de todo o mundo a tornarem-se arquitectos mentais e criarem a vida que sempre sonharam.

Os únicos limites na vida são aqueles que impomos a nós próprios.

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