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Avante! O resto é paisagem

Já aqui o disse por mais do que uma vez, mas creio não ser demais repetir. Tenho pouca – nenhuma até – paciência para opinar, ouvir e, inclusive, procurar entender a politiquice do nosso pequeno burgo que dá pelo nome de Portugal. Especialmente, quando temos outros assuntos, esses bem mais graves como a rebaldaria e exploração sem vergonha nos Lares em Portugal que a crise provocada pela Covid-19 acabou, mesmo que indirectamente, por expor.

Olhando lá para fora, no Médio Oriente a Turquia de Erdogan faz tábua rasa da aliança que dá corpo e forma à NATO em nome da expansão bélica turca. A Grécia, inimiga de estimação da Turquia, é o principal alvo dos turcos. Nem a França, símbolo da União Europeia, consegue intimidar a conquista de recursos naturais (entenda-se gás natural) de um governante que se eternizou no Poder e com o qual o Ocidente pactua e tolera.

Mas há mais.

No Velho Continente, cada vez mais dominado e aterrorizado pelo avanço de movimentos extremistas onde o apelo ao racismo e intolerância tem tido como resposta a intolerância e violência, continua o jogo de forças com a Federação Russa.

Tal mais não é do que uma tentativa quase que desesperada dos cada vez mais autoritários e autocráticos polacos e húngaros de se vingarem dos tempos de terror da “Cortina de Ferro”. Democracia é coisa que fica em segundo plano para estes dois dos maiores representantes do avanço da extrema-direita em solo europeu. Nem o facto de o respeito e manutenção da Democracia e a necessária separação de poderes ser condição fundamental para se permanecer na União Europeia e, dessa forma, poder continuar a usufruir dos sempre apetecíveis fundos comunitários. Importante mesmo é deitar por terra uma Bielorrússia que autoritária ou não, mantêm a paz na Europa.

Mas lá está, problema mesmo é essa coisa do “Avante!”. É sobre isso que a nossa classe política, vulgos analistas, comentadores e pensadores políticos se devem debruçar. Rui Rio, presidente do Partido Social Democrata (PSD) tinha de arranjar algo que mantivesse o pessoal entretido e a lés do avanço eleitoral do partido de André Ventura, que, com o seu discurso errático e xenófobo, lá vai puxando a brasa à sua sardinah que é como quem diz, a ganhar cada vez mais força e credibilidade junto de um eleitorado farto (para não dizer fartinho) da politização de não assuntos como esta coisa do “Avante!”.

Para que conste, não vá aparecer por aí o vazio discurso da praxis, não sou simpatizante com a dita festa do “Avante!”.

Primeiro, porque isto dos festivais de Verão nunca me disseram nada e muito menos me dizem, disseram ou dirão festas de partidos que mais parecem concentrações de focas amestradas que batem palmas em troca de um qualquer peixe ou peixinho.

Segundo, estou longe de perceber a razão de uma festa como o “Avante!” (que celebra a ideologia comunista e o ser-se comunista) ser o expoente máximo do capitalismo selvático que essa mesma ideologia comunista tanto critica e repudia violentamente.

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