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As Bibliotecas

Enquanto estudante frequentei várias bibliotecas.

Não sei como está a afluência a estes espaços com a propagação da digitalização e a proliferação das ferramentas informáticas mas nada substitui a consulta a um livro e o contacto com o papel. Na verdade não se trata apenas do contacto com o livro pelo livro, a forma como se organiza a informação obriga-nos a pesquisar e descobrir obras ou autores interessantes sobre o tema que estamos a estudar o que é outro fator envolvente que só é possível numa biblioteca. O estar num numa biblioteca, é por si só uma experiência.

Tive a sorte de ter tido alguns professores a sugerirem bibliotecas ou a consulta a obras que só poderia ter acesso nestes espaços. O futuro que temos hoje com a informatização de tudo, não retira a magia às bibliotecas, facilita a consulta a determinados livros pelo menos é assim que vejo as coisas. Na minha época de estudante universitária e mais tarde como estudante de mestrado as bibliotecas tiveram um papel fundamental no desenvolvimento dos trabalhos académicos e no estudo de algumas disciplinas. Cheguei a estudar em bibliotecas para me concentrar e estar perto das fontes de conhecimento se precisasse consultar alguma coisa que complementasse o meu estudo.

É verdade que podem parecer um pouco intimidantes, especialmente as grandes bibliotecas, mas não deixam de ser fascinantes. Podemos visitar uma biblioteca como quem visita um museu mas não é essa a sua principal função, por muito artísticas ou até inacessíveis que nos pareçam as bibliotecas são espaços destinados à leitura pública. Por isso, se for um espaço bonito tanto melhor é sempre mais agradável e poderá ser um estímulo para voltarmos.

Em Sintra a Biblioteca do Palácio Valenças ou em Lisboa a Biblioteca do Palácio Galveias são dois espaços com as características mencionadas, ambas fizeram parte do meu roteiro enquanto estudante. A biblioteca da faculdade de Farmácia de Lisboa, a Biblioteca da Universidade Católica ou do ISCTE também fizeram parte do itinerário assim como a biblioteca da minha faculdade a ESCS. Mesmo antes da faculdade nas escolas secundárias por onde passei também frequentei as suas bibliotecas, deveria ser obrigatório (já que voluntariamente devem ser cada vez menos) os alunos visitarem as bibliotecas das suas instituições de ensino, uma vez na vida que fosse.

Pelo menos uma vez na vida, todos nós deveríamos ir uma biblioteca como utilizadores. É uma experiência social e académica que deveria ser obrigatória. As bibliotecas fazem parte integrante da história da humanidade, não são meros depósitos de livros e conhecimento, são os locais “sagrados” onde se guarda a nossa história e a do mundo. São locais “sagrados” onde porém se pode tocar ou mexer, as bibliotecas convidam-nos a apreciar os seus conteúdos, a tocar e a descobrir o que existe no seu interior. Podemos ficar arrebatados com a beleza da biblioteca do Convento de Mafra ou da livraria Lello no Porto, podemos porque são efetivamente magnificas mas ficamos ainda mais quando estabelecemos uma ligação profunda com os livros e com o conhecimento que podemos adquirir.

As bibliotecas não estão disponíveis apenas a alguns são espaços para todos nós.

Photo by CHUTTERSNAP on Unsplash
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