O maior mamífero terrestre do planeta está em vias de extinção vítima do aumento do comércio ilegal de marfim, apesar de proibido há já 27 anos.
Esta é a principal causa de morte dos elefantes, que já chegou às trinta mil só em 2012, segundo um estudo da universidade de Washington publicado no ano seguinte.
A Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas decretou, em 1989, a proibição do comércio de marfim, uma vez que tem riscos para a biodiversidade e até sobrevivência das pessoas.
Segundo Dune Ives, investigador da fundação filantrópica Vulcan, “dentro de cinco anos, pode ser demasiado tarde para salvar este magnífico animal”, tendo em conta que são abatidos anualmente entre 25.000 a 30.000 animais e que a mortalidade excede a taxa de natalidade da espécie.
Na China, o país responsável pela maior fatia deste negócio, acredita-se que o marfim vem dos elefantes que morreram naturalmente, mas 90% provem de mortes ilegais desta espécie.
Medidas devem ser aplicadas para que o negócio do continente asiático reverta e se evite a extinção da espécie. O objetivo passa por melhorar a coordenação entre os países e entre os vários organismos e instituições, uma vez que os elefantes movimentam-se além-fronteiras e podem chegar a uma área de risco.
A China já aumentou a legislação para erradicar o tráfico ilegal de marfim e ajuda financeiramente os países africanos a treinar as suas equipas anti-caça furtiva, mas os resultados ainda tardam em chegar. A espécie continua a diminuir.