AMBAR: movem-se e prevalecem

De várias raízes musicais, os AMBAR juntaram-se pela sede de realização através do rock e da superação de desafios. Valorizam a língua portuguesa, tendo por influência Sérgio Godinho e os Clã fiquem para conhecer os autores de “No entanto, ela move-se” e “Venham-me buscar”.

Quem são os AMBAR? Estando em maiúsculas serão as vossas iniciais?

AMBAR (lê-se âmbar) é uma banda de 4 elementos que toca um Rock com um twist próprio na melodia e na harmonia, onde a palavra portuguesa é a principal característica transversal a todas elas. Não são as nossas iniciais, são antes a nossa finalidade. Fazer canções que não se consumam de uma só vez e que prevaleçam para o futuro como o âmbar faz aos insectos que fossiliza.

Soube que as vossas raízes são completamente díspares, como resulta tudo isso em conjunto?

Resulta bem, achamos nós! AMBAR tem desde membros com formação superior em Música Clássica, em Jazz e até membros que no passado tiveram bandas de Punk Rock. Aquela velha história de que nos conhecíamos de bandas anteriores e que frequentávamos os mesmos sítios… neste caso não acontece.

O Rock uniu-vos?

O que nos uniu foi o desafio de fazer uma banda cujo aspecto central é a canção. O Rock foi talvez o único campo onde tínhamos gostos comuns. Em concreto, penso que a resposta é um talvez sim. Talvez não tenha sido propriamente o Rock o que nos uniu, mas é o Rock que nos mantém unidos.

Falem-nos de “No entanto, ela move-se”.

É o nosso primeiro trabalho. Começámos logo com um álbum. Na altura em que o decidimos fazer, não achámos que seria uma operação em que toda a areia envolvida seria superior ao que a nossa camioneta conseguiria aguentar. Mas a meio do processo já estávamos a duvidar.

Contámos com membros a entrar e a sair (embora a base dos 3 fundadores se tenha, relativamente, mantido) e com um processo onde voltámos a fazer coisas que da primeira vez que tinham sido feitas, não tinham ficado ao nosso gosto.

Este esforço meio desactualizado de fazer um álbum para nos mostrarmos ao mundo, conjugado com a nossa crença de que estes temas são bons e com letras que inspiram à reflexão, mais do que à acção, fez-nos lembrar Galileu Galilei e a frase ‘e, no entanto, ela move-se’ com que encerrou o seu mítico discurso. Acabámos com o ‘e’, roubámos-lhe o resto e damos-lhe os devidos créditos no álbum.

E de “Venham-me buscar”.

É o primeiro single. Saiu com vídeo e com a primeira masterização. Fizemos uma nova e vamos relançá-lo nos próximos dias. Este tema teve primeiro a sua letra, escrita numa viagem de autocarro nos EUA, e levou a sua roupagem sónica na nossa sala de ensaios. Para muito breve vamos lançar mais um single!

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Que músicos portugueses e internacionais têm como influências para o vosso trabalho?

Tantos… De Sérgio Godinho a Clã, de Wilco a Calexico, de Alabama Shakes a Radiohead, de Seru Giran a Fito Paez…sem esquecer o mundo clássico, nomeadamente Messiaen e Mahler.

O Tomás (actualmente baterista, mas compositor de todas as linhas de teclados) inspirou-se em Messiaen, para muitas melodias de acompanhamento, nomeadamente no 4º andamento da sua sinfonia “Turangalila”.

Onde podemos ouvir-vos?

Actualmente, na nossa página de Bandcamp. Já estamos a passar em algumas rádios regionais/nacionais e esperamos passar em mais lados e insistentemente, aquando do lançamento do álbum. Também temos um canal do Youtube, designado de ‘Ambar Rock’.

Entretanto, estamos a tocar pela zona centro. Os últimos concertos serão no Cartaxo, no Festins (Alcains) e em Pontével no mês de Agosto.

Há planos para um álbum ainda em 2015?

Final de Setembro de 2015. ‘No entanto, ela move-se’.

Como seduziriam o público que ainda não vos conhece a ouvir-vos?

A música de AMBAR é para pessoas que gostam de reflectir. É Rock com tudo a que tem direito, mas sem esquecer que é com as palavras que a gente se entende. Venham ver e digam-nos se estamos errados! Serão todos recebidos com boa cara.

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