Bate-me forte o coração dentro do peito… gritos mudos, revolta, sentimento de profunda incapacidade de ter uma reação apropriada ao momento que vivemos.
Dou por mim a fazer uma análise a esta sociedade, em que a ida a Marte é mais importante que a preservação do planeta Terra, em que se matam pessoas por menos de nada… dói-me a alma!
Choro, choro por ver povos a serem dizimados por amarem a sua casa, a sua terra, os seus animais, a sua Amazónia. Grito, grito por constatar que o vil dinheiro é o que move a humanidade, por sentir que esse mesmo dinheiro fala muito mais alto que as imagens de animais a serem queimados vivos, ou do que as populações que vivem em perfeita comunhão com a natureza, e que choram e querem dar o próprio sangue por essa Mãe que é de todos…
Que evolução é esta? Para onde caminhamos?
Sei que eu, sozinha, não posso mudar o mundo… mas não me podem calar!
Quero fazer parar esta destruição massiva a que estamos a assistir, de tudo, de humanidade, de terras, de civilização, de amizade, de interajuda, de responsabilidade, de enfim… da Terra e do ser Humano!
Estou cansada, nestes meus curtos 45 anos de vida, estou cansada do Ser Humano!
Sim, não somos todos iguais, há mais como eu, mas a realidade e, meus amigos chamemos as coisas pelos nomes, de facto, a realidade é que perante a classe de quem manda, quem pode, quem decide, o que estamos certos é que a corrupção existe, o desejo de protagonismo e de enriquecimento fácil é o alvo, e o que de facto importa… caiu em desuso, caiu no esquecimento, e quando somos contra e expomos os nossos ideais crus e desinteressados somos ridicularizados.
Se acho que a minha opinião importa?! Não sei nem quero saber, mas manifesto-a, sou um ser humano que quer viver com simplicidade, com verdade, com honestidade, de bem com o próximo e com o Planeta Terra. Estou farta de mentiras, de falsas ideias moralistas, de gente que só olha para o próprio umbigo, de governantes medíocres, de conflitos, enfim… estou desacreditada, na generalidade!
Sei que quem está habituado a ler os meus artigos, sente sempre uma ponta de esperança que tenho nos nossos jovens (e essa eu mantenho-a sempre), mas esta semana doeu de mais e não poderia ficar muda, e manter cá dentro toda esta efervescência de sentimentos que transborda de mim, que me dói, que me magoa…
Não sou contra os avanços tecnológicos e descoberta do desconhecido, mas, por favor, dêem-me a hipótese de continuar a viver a disfrutar deste Planeta que amo, que é o meu, que é o nosso!