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A Faísca da Invenção

Qual é, na tua opinião, a melhor invenção do mundo?

Cada um tem a sua resposta. Pode coincidir, ou não com as dos outros, mas será que é fácil restringir a resposta a um só objecto? Por exemplo, podemos dizer que é o telemóvel? Só que um telemóvel sem energia não pode ser usado muito tempo. Então, será a energia? Ou será o telescópio? Ou os óculos? A roda, ou o automóvel?

Ao longo da história da humanidade, foram imensas as invenções que tornaram o dia-a-dia das sociedades mais fáceis. E segundo Filipe Gugelmin, no site informativo TecMundo, aquilo que distingue os humanos dos animais é a capacidade de encontrar soluções criativas para as várias situações, é a insatisfação do homem que o leva a descobrir materiais, objectos, ou ferramentas que mudam a forma de viver, tornando-a mais fácil.

Porém, afinal o que é inventar? Ou um inventor? Um inventor, segundo o dicionário online Priberam, é “aquele que inventa, ou inventou”. Não é uma definição muito explícita, até porque explica-nos o significado da palavra, recorrendo a vocábulos do mesmo campo lexical.

Então, o que é inventar? Inventar é ter uma ideia, uma solução para algo que não existe ainda, é descobrir algo novo, original. É um processo criativo. Porém, o processo de invenção não é fácil e o famoso acidente da maça que ajudou o Newton a descobrir a gravidade é só um momento de todo o processo de invenção.

Segundo Thomas Edison, “um génio faz-se com 1% de inspiração e 99% de esforço”. Steve Jobs disse também que, para alcançar os resultados desejáveis, os erros não devem ser esquecidos, já que são “como um resultado que aponta uma nova direção”. Já Alexander Graham Bell disse que não se deve andar por um caminho traçado, pois ele “conduz somente até onde os outros foram.”

Estes foram três das personalidades que marcaram a humanidade pelas suas invenções. No entanto, existem mais, porque todos os objetos que nos rodeiam foram inventados, ou inovados por alguém. Alguém que merece ser reconhecido.

Em 2012, O MIT (Massaschusetts Institut of Technology) divulgou um estudo, realizado com uma amostra de mil jovens, com idades entre 16 e 25 anos, com o objectivo de compreender como os americanos vêem o mundo da invenção e inovação. Para aqueles jovens, os maiores inventores foram:

Thomas Edison

Considerado um dos maiores inventores da história da humanidade, ganhou o primeiro lugar desta lista. Entre as milhares das suas invenções, destacam-se a lâmpada elétrica, o fonógrafo, a primeira câmara cinematográfica bem-sucedida, o aperfeiçoamento do telefone e a máquina de escrever.

Steve Jobs

O fundador da Apple ficou no segundo lugar. Foi a personalidade que mudou a visão da sociedade sobre os computadores e impulsionou a adaptação e a introdução destes no quotidiano das pessoas.

Alexander Graham Bell

O inventor do telefone ganhou o terceiro lugar.

Marie Curie

Foi a primeira mulher nesta lista e a quinta na lista feita pelo MIT. Foi a primeira pessoa a ser contemplada duas vezes com um Nobel pelas suas descobertas no campo da radioactividade e por encontrar dois elementos novos, o rádio e o polônio.

Mark Zuckerberg

O fundador do Facebook ficou com o quinto lugar.

Tal como para estes jovens, a Internet e o computador fazem também parte da lista das dez melhores invenções do mundo, segundo o canal Discovery. Para além da Internet e do computador fazem parte desta lista invenções como: a roda, os pregos, o motor a combustão, o telefone, a lâmpada, o avião, a penicilina e os métodos contraceptivos.

Porem, John Brockman, ensaísta americano, foi mais longe. Perguntou online qual é a maior invenção do mundo para as pessoas, escrevendo as respostas de mais de uma centena de cientistas, investigadores, intelectuais e artistas, num livro publicado no Brasil com o nome As maiores invenções dos Últimos 2 Mil Anos.

Enquanto alguns deram respostas previsíveis, como a imprensa, o antibiótico, o aço, ou o relógio, outras respostas foram inesperadas. A Borracha de apagar é uma destas respostas. Segundo Douglas Rushkoff, professor de cultura virtual na Universidade de Nova York, esta é a melhor invenção, porque permite “voltar e corrigir os nossos erros”, dizendo ainda que “sem essa capacidade, não teríamos modelos, nem meios de desenvolver governos, cultura, ou a ética.” O espelho é a melhor invenção para o escritor Tor Norretranders, porque, de acordo com ele, “mostrou a cada um de nós como nos parecemos com qualquer outra pessoa no planeta”. A música clássica entrou para esta lista também. Howard Gardner, professor de educação da Universidade de Harvard nos Estados Unidos da América afirma que “as composições musicais representam um incrível feito cerebral. A maioria das invenções pode ser usada para o bem, ou para o mal. A música proporcionou mais prazer a mais indivíduos que qualquer outro artefacto humano.”

No entanto, inventar é diferente de inovar. Apesar de serem termos usados muitas vezes como sinónimos, são conceitos que têm significados diferentes. Enquanto que inventar é o processo de criação de um produto, como por exemplo a invenção do telegrafo, ou a maquina a vapor, a inovação é, segundo o cientista político Victor Alexander Thompson, a “aceitação de novas ideias, processos, produtos ou serviços” pela sociedade e adapta-las para o quotidiano das pessoas. Talvez um dos melhores exemplos da inovação seja os produtos criados por Steve Jobs. Muitas vezes não foram inventados de raiz, mas a forma como foram melhorados e como foram implementados na sociedade, fazem destes uma inovação.

Acabo aqui, assim, a fazer a mesma pergunta que fiz no início: Qual é para si a maior invenção do mundo? E inovação?

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