Este será o tema mais debatido, dissecado e estudado por todos os Europeus. Principalmente pelos do Sul da Europa. Já os do Norte da Europa das duas, uma: ou foram infectados pelo recém-descoberto vírus da estupidez, ou então estão de má-fé. Pessoalmente, acredito que seja um pouco das duas. Ora vejamos o problema…
O que levou à queda da União Soviética? O colapso da sua Economia. Porque se deu tal coisa? Porque o planeamento económico Soviético não teve em conta, em momento algum, as condicionantes dos mais variados Países que constituíam a dita União. A cegueira ideológica dos Políticos Soviéticos impediu-os de verem que estavam num caminho errado e que as soluções radicais impostas pela força das armas e da Polícia Política aos Países da URSS levaram ao que todos vimos no início da década de 90.
A história que descrevi atrás faz lembrar algo. Parece uma cópia antiga de algo moderno que dá pelo nome de Zona Euro e realmente é isto que está a acontecer na dita Zona e não será de admirar que tudo vá terminar da mesma forma, se isto continuar como está. É muito por causa disto que eu escrevi atrás que os Políticos Europeus do Norte ou são estúpidos, ou são burros, dado que não retiraram ensinamento algum do passado. Diga-se, só a título de curiosidade, que a Sr.ª Merkel nasceu e viveu num dos Países pertencentes à URSS.
Recordo-me de, na década de 80, quando a União Europeia era ainda uma coisa chamada CEE (Comunidade Económica Europeia), se falar, já com alguma insistência, numa união económica/financeira/monetária. Recordo-me muito bem de ouvir falar numa Orquestra Sinfónica desafinada como analogia de uma Europa, onde todos são de tal maneira diferentes, que era impossível criar-se uma Economia comum. A UE estava em fase de crescimento, os nacionalismos tinham ainda alguma força e havia um bloco liderado pelos EUA que combatia o inimigo Soviético. Daí que esta história da moeda única tenha ficado numa gaveta até um dia. Benditos tempos foram estes, diga-se de passagem.
Com a queda do Império Soviético deixou de haver inimigos para combater. Inclusive os membros do Pacto de Varsóvia entraram na União Europeia e já nada impedia o “Velho Continente” de iniciar a sua empreitada de reconquista do poderio financeiro mundial. O alvo era o aliado de outrora: os Estados Unidos da América. Porém, para isto, a CEE, que se passou a chamar União Europeia, tinha de ser algo mais do que um grupo de Estados que trabalham entre si. Era necessário algo mais arrojado. Algo que fosse a antecâmara de um grande Estado Federado.
É assim que surge a Zona Euro. Um conjunto de Estados com Economias muito diferenciadas entre si e com problemas muito específicos. Uma coisa à boa maneira… Soviética!
Portanto, não é de admirar que, nesta tal de Zona, toda e qualquer solução, que é invariavelmente imposta radicalmente aos seus Membros, acabe sempre por parir um enorme rato.