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A Apple de Tim Cook

A 5 de Outubro de 2011, na Califórnia, falecia Steve Jobs, vítima de um cancro no pâncreas. Para muitos, Jobs não era apenas o CEO da Apple. Era um visionário, um marketeer sem precedentes, uma mente brilhante mesmo entre as mentes mais brilhantes. Muitos não o consideravam apenas isto. Jobs era também visto como a própria personificação da Apple. Com o falecimento de Jobs, um grande buzz mediático teve início e a queda das acções da Apple era o panorama mais certo. Foi como se a própria identidade irreverente e avant-garde da marca tivesse também desaparecido.

No entanto, se numa primeira instância o ambiente estava agitado, com a chegada de Tim Cook, novo CEO da Apple e sucessor de Steve Jobs, muitos dos temores dos fiéis seguidores do “culto Apple” foram, gradualmente, acalmando.

Antes de ser pessoalmente escolhido por Steve Jobs para o cargo de CEO, Tim Cook já tinha ocupado cargos de destaque, tanto dentro como fora da empresa. Chegou à Apple em 1998, após 6 meses de trabalho na Compaq, e ocupou o cargo de Vice-Presidente Sénior na área de Worldwide Operations. No entanto e apesar de serem quase o oposto um do outro, Jobs tinha total confiança nele e na sua forma de trabalhar. Aquando a promoção de Tim Cook para CEO, Jobs apenas lhe disse “faz aquilo que achares ser certo”.

Um dos principais sinais de mudança foi o modus operandi do próprio Tim Cook, relativamente à liderança hegemónica de Steve Jobs sobre a Apple. Optou por uma gestão mais convencional da empresa, sem ter demasiadas decisões a passarem inteiramente por si. Já Steve Jobs mantinha um controlo total sobre as decisões executivas, mesmo acima do que um CEO normal deve ter. Durante os processos de compra de outras empresas, a Apple de Steve Jobs absorvia a empresa comprada, de forma a deixa-la embebida, como se fosse apenas mais uma peça dentro da grande máquina Apple. Com a chegada de Tim Cook, houve uma revitalização na forma de compra da empresa e passou a haver a possibilidade de assimilar empresas compradas como subsidiárias independentes, como foi o tão recente e mediático caso da compra da Beats Music e da Beats Electronics pela Apple.

Outra grande valia que Tim Cook trouxe à Apple foi o programa de solidariedade. Steve Jobs nunca foi destacado pela filantropia e tinha o conceito de que os produtos que a Apple desenvolvia eram, por si, uma dádiva para com o público e que não havia espaço para mais caridade na empresa. Tim Cook demarca-se desta crença, apostando num programa de caridade e fazendo doações milionárias.

Numa altura em que a concorrência com empresas como a Samsung está no auge, muitos não acreditam que Tim Cook tenha a mesma visão inovadora de Jobs e que, a certo ponto, não consiga transportar a mentalidade de Think Different que sempre caracterizou a Apple, desde a sua génese em 1976, até aos dias presentes. Será que o pragmatismo do novo capitão do “navio” Apple tem força suficiente para levar a embarcação a bom porto, ou ficará esta encalhada?

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