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A Rapariga Dinamarquesa

Neste filme Eddie Redmayne representa o corpo e alma de Lili Elbe, a primeira mulher transsexual da história.

A Rapariga Dinamarquesa” é a história verídica de Lili Elbe, nascida Einar Wegener, e considerado o primeiro caso documentado de um homem que através de intervenção cirúrgica, mudou de sexo. As expectativas eram altas para este filme, o realizador britânico Tom Hooper já é veterano em trabalhos como “Os Miseráveis” (2012) e “O Discurso do Rei” (2010) e previa o mesmo para “A Rapariga Dinamarquesa“.  O filme estava tão determinado para os Óscares que o resultado final apresentou algumas falhas. Ficou de parte a nomeação para melhor filme e melhor realizador. Apenas Eddie Redmayne e Alicia Vikander conseguiram sair vitoriosos com Melhor Actor Principal  e Melhor Actriz Secundária respectivamente, juntando-se à Melhor Direcção Artística e ao Melhor Guarda-Roupa nas nomeações dos Óscares.

Apesar de conter uma história delicada este é um caso verdadeiro que ocorreu nos anos 20 do séc. XX. Os primórdios do transexualismo são abordados neste drama. Este é um tema complexo que não é muito representado no cinema. Esta viagem de procura da identidade não é fácil, principalmente para quem viveu numa época tão conservadora. Neste filme acompanhamos a viagem física e emocional de Einar Wegener (Eddie Redmayne) na sua transformação numa verdadeira mulher. Sempre ao seu lado estava a sua esposa, Gerda (Alicia Vikander), que também sofreu com toda esta mudança. A maior falha de “A Rapariga Dinamarquesa” é a importância que dão à relação de ambos. Claro que o drama matrimonial é interessante, mas o filme foca-se demasiado nessa situação. No entanto o tema de mudança de sexo é pouco explorado. Como reagiu a família e amigos próximos? Como reagiria a sociedade da altura? Tudo questões que não tiveram resposta. Apenas existe uma cena em que Lili, ainda à procura de respostas é atacada na rua por dois violentos homens que em tom de gozo reagem com tom de brincadeira às roupas que usa. Batem-lhe e perguntam afinal o que é: homem ou mulher? A forçada cena é colocada quase que sem nexo no meio do filme.

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Quando a procura de identidade é uma jornada difícil

Os factores que impedem esta ser uma grande obra cinematográfica são provavelmente os seus focos demasiadamente subjectivos. Uma história demasiada compacta com imensas vertentes que deviam de ser exploradas. No entanto as interpretações de Eddie Redwayne e Alicia Vikander estão intensamente interessantes. Redwayne já tinha provado o seu mérito no filme “A Teoria de Tudo“, onde conseguiu ganhar o Óscar de Melhor Actor Principal, agora teve um novo desafio. Já Vikander tem crescido a olhos vistos, depois de filmes como “Ex Machina” e “Agentes U.N.C.L.E“, a actriz de 27 anos já tem uma carreira promissora.

Concluindo, este filme tem uma história marcante, pois, a decisão de Lili Elbe ajudou a dar coragem a outros homens e mulheres confusos com a própria identidade procurassem o seu verdadeiro eu. Apesar de fiel à realidade, o final de “A Rapariga Dinamarquesa” tornou-se demasiado banal, num panorama verdadeiramente poético. Contudo, não deixa de ser um filme cativante com uma história profunda que desperta emoção no espectador.

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