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Será que vemos um holograma daquilo que somos?

Os deuses deviam estar mesmo loucos! Isto da realidade e da verdade parece ser um jogo de ilusionismo em que nem tudo o que parece é e nem tudo o que é parece o que realmente é. E assim são desmascaradas as verdades absolutas em que tudo, ou quase tudo, é uma questão de perspectiva. Parece confuso, mas é assim que o mundo se apresenta, numa realidade que espelha, muitas vezes, aquilo que somos.

Se tudo é uma questão de perspectiva, como viver e conviver com as diversas apresentações, construções e representações da realidade? É que os deuses não devem ter escrito manual de instruções de propósito, precisamente para nos ensinar a saber viver numa espécie de regime autodidacta em que vamos descodificando, percepcionando e aprendendo, por nós, a informação que nos vai sendo transmitida, e também nos obrigando a encontrar um ponto de equilíbrio, de modo a não vivermos nem demasiado obcecados com uma explicação lógica para tudo nem acreditarmos demasiado nas crenças que a sociedade desde o início das nossas vidas nos [a]tenta formatar.

Como encontrar o ponto de equilíbrio neste mundo que nos fornece tanta [contra]informação e procura moldar-nos a cada minuto? Como é que sabemos se o que vemos é mesmo real? Às tantas não sabemos. Talvez a verdade seja que cada um de nós vê no exterior aquilo que realmente está dentro de si. Ou seja, vemos o que queremos, de uma forma selectiva, numa projecção do nosso interior. E se assim for, os deuses não fizeram manual de instruções propositadamente, porque cada pessoa tem um manual próprio e é responsável pela construção do seu guia prático de [con]vivência neste mundo. Afinal, os deuses não estavam assim tão loucos!

Então, se assim for, a realidade constrói-se a partir do nosso olhar interior, do nosso estado de espírito numa espécie de projecção holográfica, cuja imagem depende da luz e do movimento que damos às coisas. E se o que vemos é uma representação daquilo que somos, a cada um cabe projectar o seu feixe de luz, de modo a encontrar o ponto de equilíbrio entre nós e os outros, nunca perdendo de vista a liberdade – de escolha própria e a do outro -, a abertura, a aceitação, a autenticidade e a responsabilidade das nossas acções. Quem sabe se serão estas as premissas que constituem o manual de procedimentos da nossa existência?

Uma coisa é certa: se cada um de nós não fosse um distinto e infinito mundo a explorar, a realidade seria como uma estátua sem graça e o mundo seria um lugar aborrecido de viver. Os deuses pensaram bem nisto! Pois, na diversidade e no caos, conseguiram fazer com que houvesse ordem nas coisas, permitindo a cada um de nós ser protagonista neste mundo sem guião. Vá-se lá entender! Não é para entender, mas sim para viver e desfrutar.

Convém, por isso, termos um bom olhar sobre o mundo, que é como quem diz, sobre nós mesmos. Pois se não tivermos um olhar luminoso, o mundo será um lugar sombrio e feio. Não significa viver na ilusão e no artificialismo, mas sim contribuir para que o mundo seja um lugar colorido, interessante e bonito de viver, sendo parte activa, singular e determinante desta magia que é a vida!

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