Vivemos na Era da instantaneidade. Tudo o que fazemos, desde o que comemos até à forma como passamos os nossos tempos livres, tudo é publicado nas redes sociais no instante em que estamos a fazer essas coisas. Paramos, efetivamente, de apreciar o momento, para o fotografar e publicar nos nossos perfis.
O momento deixou de ser vivido ao máximo, porque a pausa que fazemos para publicar nas redes sociais acaba por nos distrair do mais importante. Não digo que não vivemos o momento, acho que vivemos demais o momento, o instante, a pressão dos segundos, dos minutos, das horas.
Se, por um lado, esta tendência pode ser prejudicial por nos privar de aproveitar ao máximo, por outro lado, registar o instante permite-nos ter muito mais memórias do presente, que podemos recordar mais tarde. Vivemos muito depressa, porque o instantâneo nos força a isso. Agarramos o agora, o instante, o momento, mas nem sempre o aproveitamos da melhor forma, tal é essa ânsia de o vivermos.
A questão das redes sociais e da instantaneidade deixará sempre dúvidas quanto às suas vantagens e desvantagens, mas uma coisa é certa: a influência da instantaneidade nas nossas vidas tenderá a crescer cada vez mais, tendo em conta que vivemos na Era digital e a evolução está sempre dois passos à nossa frente.
Será que sabemos qual é o momento em que devemos gravar um concerto e o momento ideal para guardar o telemóvel no bolso e simplesmente apreciar o momento?