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Uma lágrima de saudade…

A saudade é uma tatuagem na alma: só nos livramos dela perdendo um pedaço de nós.

– Mia Couto

Por vezes uma lágrima melancólica não resiste e desliza pela face na nostalgia de um momento perdido no tempo da minha vida.

Este mistério que me envolve e acalenta o coração, num misto de dor e perda que aquece a minha alma, não porque passou, mas porque num determinado dia brilhou intensamente e tornou a minha vida mais cintilante.

Na magia daquele momento que recordo, os meus olhos parecem estar mais radiosos, não por estarem felizes, mas porque se sentem de repente completamente inundados de uma água límpida e transparente que transborda em si todas as mágoas de amores não vividos, e experiências não acabadas que nos deixam a sensação de que a vida realmente não aconteceu.

Os momentos de nostalgia e saudade que por vezes nos invadem e nos transportam para tempos idos de que já quase não conseguimos guardar memória, transformam-se de repente em monstros avassaladores e gigantescos que parecem querer tomar conta de nós e transportar-nos para um tempo que já não existe, a não ser apenas no nosso pensamento.

Esse é um local sagrado, o nosso pensamento, nele se guarda na gaveta da memória do nosso cérebro, o que em determinadas alturas da nossa vida marcou fundo e nos ensinou o que era o amor, a paixão ou mesmo a dor e a vergonha.

São estas vivências que nos caracterizam e nos fazem, a cada um de nós, diferentes de qualquer outro, porque as nossas experiências de vida, são apenas nossas, apesar de poderem ter sido vividas junto de outras pessoas.

O sorriso que aflora nos lábios, quando recordamos aquele aperto no coração do momento em que sentimos o primeiro amor, quando trocamos o primeiro beijo, enfim, quando alguém no caminho da nossa vida nos fez sentir que somos completamente únicos e especiais.

As memórias e a nostalgia do passado têm associadas a si a beleza da vida e consequentemente as maravilhas dos momentos que guardamos apenas para nós, que escolhemos recordar, quando queremos ou quando por exemplo estamos tristes e achamos que já mais nada vale a pena.

Então, importa parar um pouco e deixar que o nosso ser procure em si próprio os momentos em que foi profundamente feliz, que a memória dessa lembrança traga até nós novamente a magia e o encanto de, quando em criança, riamos sem censura, questionávamos sem medo e brincávamos sem receio.

Agora, depois de crescidos, existem certos registos que a sociedade considera não serem próprios dos adultos, porque não fica bem, o que pensarão os outros?

E que importa o que os outros pensam, se vivemos apenas uma vez? E se afinal até nem sabemos quando será o nosso último dia por aqui…

Sempre que eu chore que seja por recordar memórias saudosas de momentos que me fizeram muito feliz!

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