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Serviços secretos para a segurança do povo

Dia 11 de Setembro de 2001 marcou o início de um novo período na sociedade ocidental. A queda das emblemáticas Torres Gémeas do World Trade Center correram o mundo, demonstrando que a maior potência também podia ser atingida. A partir desse dia, em nome da segurança interna, sucessivos governos das nações ocidentais despoletaram um conjunto de medidas, muitas delas arbitrárias que violam a privacidade e a liberdade individual dos cidadãos, criando uma rede de serviços secretos.

PRISM, o programa norte-americano de rastreio electrónico e telefónico, coordenado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) é a ferramenta mais usada pelos EUA para vigiar e armazenar informação sobre cidadãos norte-americanos, organizações internacionais e empresas. Sob a óptica deste programa, instituições como a ONU, União Europeia, agência de notícias norte-americana, Associated Press e múltiplas embaixadas e consulados, foram espionados tendo sido analisadas milhares de comunicações feitas por estas empresas.

Após os recentes escândalos do Wikileaks e do antigo agente da CIA, Edward Snowden, que revelaram documentos confidenciais sobre as “actividades secretas” do governo norte-americano, a sociedade civil começa a questionar-se até que ponto não deve ser traçado um limite.

Serviços secretosCitando a segurança nacional, Barack Obama tem-se desdobrado em explicações para justificar as acções da NSA, mas as constantes fugas de informação vão revelando ao mundo até onde os tentáculos da PRISM e ouros programas de vigilância chegam.

Numa era onde os limites da privacidade foram esbatidos e o secretismo praticamente abolido as operações “secretas” executadas pelos governos estão em constante perigo. Os media estão sempre “à caça” para divulgar a próxima grande historia e dentro dos próprios organismos, que têm acesso à informação rastreada, poderá sempre surgir o próximo Snowden ou Assange. Desta forma, a própria actuação do aparelho governativo, relativamente à política de segurança interna, também está sob escuta e vigilância permanente.

 A transparência nas políticas a adoptar deve ser o caminho a seguir, pois actualmente, vivemos num período em que as ruas reclamam para si um papel mais activo na vida política. Assim, as questões de segurança interna também se devem enquadrar no novo contexto social vigente: uma sociedade civil que pede uma democracia mais participativa e onde a privacidade e a liberdade individual de cada um seja respeitada.

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