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Semana crucial

1 – Não obstante a questão dos refugiados não ser, agora, capa de jornais, nem tema de abertura dos Telejornais, esta mantem-se na ordem do dia, dado que as guerras não abrandam no Médio Oriente. Por força da Alemanha e não só, eis que a Europa conseguiu encontrar uma solução para a questão dos refugiados. Não irá haver uma distribuição equitativa destas pessoas por todos os Estados-membros como mandavam as pretensões Germânicas, mas estas serão distribuídos pelos Estados-membros em números acordados entre estes.

A medida em si parece razoável na teoria, mas na prática não o é. A ideia que se pretende passar é que não pode ser a Alemanha o único País a acolher milhares de pessoas todos os dias, mas os refugiados que forem encaminhados para Portugal (por exemplo) não vão ficar por cá por muito tempo, pois mal sejam também eles cidadãos europeus irão fazer as malas e partir para a Alemanha, porque o espaço Schengen lhes permite tal atitude. Ou seja, isto da distribuição de refugiados pelos Estados-membros da União Europeia não passa de mais uma demonstração de que a Alemanha da Sra. Merkel é quem realmente manda na Europa e que, quando esta deseja tomar uma medida que agrade aos eleitores Germânicos, Bruxelas não “mexe uma palhota” contra tal.

2 – Ainda sobre a questão dos refugiados há ainda que dizer que de Bruxelas não houve uma única palavra de reprovação para com a forma como o Executivo Húngaro tratou e trata o problema. Com a construção de uma fortaleza em torno de algumas das suas fronteiras, os Húngaros “sacudiram a água do capote” para a vizinha Croácia que, mais cedo ou mais tarde, irá fazer algo de semelhante, porque se ninguém reprova o que os seus vizinhos fizeram e fazem por que razão os Croatas têm de “comer e calar”?

3 – Alexis Tsipras foi reconduzido no cargo de Primeiro-ministro da Grécia. Isto após o próprio Tsipras ter pedido a demissão do cargo face ao terrorismo da zona euro que se abateu sobre os Helénicos, porque estes escolheram democraticamente um Partido que não segue as orientações do famoso Pensamento Comum.

Segundo o que vem sendo noticiado, Tsipras escolheu desta vez para seus Ministros e Deputados elementos da ala moderada do Syriza e apressou a dar conhecimento público que irá tomar de imediato medidas que implementem a aplicação do acordo celebrado com a troika para que o 3.º programa de assistência financeira (3.º resgaste) possa ser aplicado em Atenas.

Ao contrário do que sucedeu na primeira eleição de Tsipras, ninguém, Comunicação Social Portuguesa inclusive, parece estar a dar grande importância ao que está a acontecer na Grécia. Se por um lado os Gregos voltaram a dizer à zona euro que quem manda na Grécia são os Gregos, por outro o Partido neo-nazi Aurora Dourada está cada vez mais a ganhar força no panorama político Grego e já é a terceira força política na Grécia.

Convinha olhar para estes dados com alguma atenção e preocupação, pois é certo e sabido que o programa do terceiro resgate vai terminar num rotundo fracasso e não será de admirar que, após o falhanço da extrema-esquerda, lhe suceda no poder a extrema-direita com todos os prejuízos que tal acarreta para todos.

4 – Ainda no panorama internacional falta aqui falar sobre as eleições na Catalunha. E trago aqui este assunto para dar conta de como a nossa Sociedade consegue ser tão inteligente e estúpida ao mesmo tempo.

Primeiro que tudo, nunca poderá haver uma Catalunha independente sem que Espanha, França e Itália percam partes do seu território. Isto, porque a Catalunha não se cinge somente à Região Administrativa Espanhola com este nome. Inclusive em Espanha existem cidades que, embora fazendo parte de outras Regiões Administrativas, têm uma ligação histórica à Catalunha (para tal, basta ver o seu brasão e verificar se neste existe um escudo amarelo com listras vermelhas verticais).

Segundo, já foi realizado um referendo não vinculativo na Catalunha onde se colocou a questão da independência da Região e o resultado redundou num tremendo não da parte dos Catalães, porque, ao contrário do que afirma o pequeno ditador Artur Mas (o Alberto João Jardim de Espanha), a Catalunha não é só a cidade de Barcelona e o resto é paisagem.

Não dá para entender como é que este assunto consegue fazer tremer os mercados e dividir a Europa como foi noticiado num Telejornal da RTP 1.

5 – Entretanto cá pelo nosso País continua o circo mediático em torno da campanha eleitoral. Por mais incrível que pareça o discurso de todos os Partidos do arco da governação envolvidos nesta campanha não se afastou um milímetro do tom baixo e rasteiro que temos visto até ao presente. Estamos a dias do dia das eleições e continuamos sem saber o que realmente pretendem fazer os candidatos a Primeiro-ministro caso sejam eleitos, pois estes estão mais preocupados em trocar insultos entre si e em fazer análises à governação do Executivo Passos/Portas como se nós, eleitores, fossemos tão idiotas ao ponto de não termos percebido que estes quatro anos de governação da Coligação Portugal à Frente foram dos piores de toda a história democrática Portuguesa.

Para se constatar o quão mau está o estado do debate político em Portugal, veja-se que temos perdido o nosso tempo a debater os resultados das sondagens diárias que a RTP (Televisão do Estado e nada alheia a manipulações políticas) tem levado a cabo nos últimos dias. Somos um País de 10 milhões de habitantes, pelo que as amostras destas sondagens terá forçosamente de ser pequeno e não vinculativo da vontade da maioria do Portugueses que irá a votos no próximo Domingo, mas este é o tal assunto de que TODOS se servem para “dar pancada” no Partido Socialista e dar vivas à Coligação.

Uma última nota para dar conta de que a troika veio para Portugal por causa da governação Sócrates e porque em 2012 deu-se aquilo que ficou conhecido como a Crise das Dívidas Soberanas. Contudo, esta última parte tem sido convenientemente esquecida pela Direita Portuguesa, porque o seu “argumentário” não tem capacidade para pensar.

E já agora, sabem por que razão Lisboa e Bruxelas consideram o nosso défice um valor meramente contabilístico? Porque o dinheiro que o Estado Português emprestou ao Novo Banco surge como um “prejuízo temporário” que será amortizado após a venda do dito Banco. O problema é que com tantos problemas de sustentabilidade e judiciais nunca o referido Banco será vendido por um valor que dê para cobrir o empréstimo que o Estado e restante Banca fizeram ao dito Fundo de Estabilidade da Banca e podem ter a certeza de que no meio de tudo isto não será a Banca a perder dinheiro até porque o Estado pode sempre recorrer ao “Zé” para lhe “tapar os buracos”.

E se isto está tudo a entrar nos carris e a receita fiscal a aumentar, porque carga de água o Estado Português sentiu necessidade de emitir mais certificados de aforro?

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