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Quando os cães vão de férias…

Já viram bem o charme desta miúda?

Modéstia à parte, é a minha cadela, Rita, ou D.ª Rita, dada a sua pose de diva, a rafeira com mais estilo que conheço. Dizem que berço é tudo, mas deve haver algo mais do que o determinismo da origem, porque esta cadela nasceu numa fábrica em Setúbal, descendente de matilhas errantes, mas tem um verdadeiro je-ne-sais-quoi, que só o francês poderá transmitir tal classe.

Ora, a D.ª Rita vai de férias de vez em quando. E isso é um assunto que preocupa os donos de animais ou potenciais futuros donos. Como fazer nas férias? Podemos levar os nossos animais connosco? Temos que arranjar alguém que tome conta deles?

O ideal seria podermos levar sempre o nosso amigo connosco, mas nem sempre isso é possível, por diversas razões.

Se formos andar de avião, é quase impraticável leva-lo, dadas as burocracias com os animais, vacinas e limitação a 8 kg para transporte do animal na cabine. A partir daí, só no porão, como uma carga generalizada, o que leva à limitação destes casos para mudanças de residência e pouco mais, não para estadias curtas.

Há cada vez mais hotéis e alojamentos que permitem a presença de animais, no entanto nem todos permitem uma partilha integral do espaço, sendo que alguns têm um canil externo à habitação. Ainda assim, são pouco numerosos, o que limita os locais a visitar.

Sendo claro que não é possível levá-lo, seja para cadeias de hotéis, seja para casa de particulares pouco dados a convívios com cães e gatos, temos que pensar em alternativas.

Se possível, o ideal é ficarem com alguém com quem estejam habituados a conviver. Um amigo, um vizinho, alguém que possa ter um outro animal, por exemplo, cooperando e trocando nas férias um do outro. Neste caso, a mais valia é mudar o menos possível a sua rotina.

Não sendo realizável, há outras opções. Os hotéis para animais, por exemplo, com mais ou menos serviços agregados, mas que basicamente disponibilizam uma box, com alguns passeios diários incluídos. A D. Rita não se deu particularmente bem neste regime, dado que apesar de conseguir ver e ouvir outros cães nas proximidades, sempre que sentia um tratador por perto, gania para chamar a atenção. Isto valeu-me o comentário do dono do hotel, que disse que era a cliente dele mais mal comportada.

Outra vez ficou em casa duma criadora, mas o cenário foi ainda mais crítico. Saindo da box isolada duas vezes por dia, deixou de comer, e nem o arroz de carne, feito pela responsável, a conseguiu convencer a comer. Em 8 dias perdeu 2 kg, o que é muito, tendo em conta que pesa cerca de 17 kg. E olhou-me com alguma mágoa quando a fui buscar, tendo dormido quase 2 dias inteiros, para se restabelecer do estado de alerta em que viveu esses dias.

Há também o serviço de petsitting, em duas versões: o cuidador desloca-se ao domicílio para passear o animal e prestar-lhe os cuidados alimentares, ou é o animal que se desloca para casa deste. Esta tem sido a solução que melhor tem resultado com a D. Rita. Quando as malas ficam visíveis no corredor, a D. Rita já sabe que vai para casa da Sara. Permanece num ambiente doméstico, tendo companhia de qualquer um dos membros familiares, faz 2 ou 3 passeios diários, e dorme inclusivamente no quarto com esta. Como tem sido uma solução recorrente, penso que já a encara com serenidade.

Dada a diversidade de opções, caberá a cada dono avaliar as possibilidades, quer em termos de conveniência, praticabilidade, preços ou conforto animal. O abandono é que não é solução. É um assunto que merece reflexão antecipada, pela necessidade imperiosa de dar-lhe solução, para que possamos, nós humanos e também os animais, viver dias de temperança e felicidade.

Foto de Le Terrier Studio / 2017
Modelo: Rita
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