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Profissionalismo é uma questão de género. A batalha começou.

Ser homem. Nascer com um pénis. Trabalhar. Negociar. Conquistar. Relativamente fácil. Nasceram para ser competentes.

Ser mulher. Nascer com uma vagina. Trabalhar. Negociar. Conquistar. Dificilmente é fácil. NRS_profissionalismoeumaquestaodegeneroabatalhacomecou_1asceram para complicar.

Dizem que trabalhar num meio de trabalho rodeado por colegas do sexo feminino é uma aventura mais difícil que caminhar sobre fogo. Desde as típicas intromissões, até ao acessível julgamento em praça pública. Digamos, apenas, coisa evidente, que as mulheres são demasiado “mulheres” para serem competentes, ao ponto de não saberem separar o seu eu profissional, do seu eu pessoal. Homens 1 – 0 Mulheres.

Isto mesmo confirma a blogger A Pimenta, que declara que “as mulheres perdem tempo a falar disto, daquilo, a conspirarem coisas que só na sua mente existem. Se a colega de trabalho lhes respondeu de forma diferente, já é caso para criar um bicho de sete cabeças. Se a colega de trabalho não ajudou nisto ou naquilo, é porque é esta ou aquela. E depois pela frente, são as melhores amigas do mundo”.

Contudo, novas evidências – apontadas, meus senhores, RS_profissionalismoeumaquestaodegeneroabatalhacomecou_2 pela vossa infalível ciência – demonstram que o ambiente, num local de emprego, pode ser muito complicado, quando domina a testosterona! Segundo um estudo realizado, “as descobertas que fizemos são realmente importantes, porque os perfis femininos que encontrámos com níveis negativos de cortisol fornecem evidências de que os climas sociais nos locais de trabalho são muito desequilibrados e as mulheres são as principais vítimas. Os níveis de stress encontrados podem trazer graves problemas na saúde física, psicológica e emocional destas mulheres”, afirmou Cate Taylor, professora assistente na Indiana University Bloomington (Universidade de Indiana), nos Estados Unidos da América. Bem, vamos lá que as mulheres já marcaram 1 ponto, empatando a sua credibilidade trabalhadora.

Este tema, envolvido numa controvérsia machista, ganha destaque, em Junho de 2015, quando Tim Hunt – Nobel da Fisiologia – criticou o sexo feminino por ser uma distracção para os homens, no mundo trabalhador. Hunt afirmou categoricamente, “há três coisas que acontecem, quando há mulheres dentro do laboratório: elas apaixonam-se por eles, eles apaixonam-se por elas e, quando são criticadas, choram”, disse o Nobel de 72 anos, adensando ainda mais a fama de chauvinista que tem na comunidade científica. Mais uma crítica para as mulheres, enquanto incapazes de manter a ética. Homens 2 – 1 Mulheres.

O jogo continua e conforme vamos avançando na nossa pesquisa e entrevistas, verificamos que trabalhar com homens, também, tem os seus “quês”!

Uma pesquisa, realizada por uma entidade independente, demonstrou – segundo vários casos de estudo – a percepção que os trabalhadores, femininos e masculinos, têm das maiores qualidades e defeitos dos géneros opostos.

O desempenho feminino e masculino, segundo as mulheres

Perfil Mulheres mais efetivas que os homens Homens mais efetivos que mulheres
Controla as emoções no trabalho 6% 65%
Gerencia situações de alta pressão 15% 31%
Trabalha com colegas do mesmo sexo 14% 32%
Toma decisões difíceis baseadas na lógica e em bom julgamento 11% 28%
Toma boas decisões comerciais 7% 19%
Forma times de alta performance 21% 10%
Fala/contribui de forma eficaz em reuniões de liderança 17% 13%
Comunica ideais ou argumentos complexos 23% 14%
Trabalha bem em equipes 25% 15%
Constrói relacionamentos com os colegas 30% 18%
Propõe e gerencia processos de mudança transformacional 35% 8%
Mantém o comprometimento com o trabalho enquanto gerencia as necessidades de suas famílias 58% 12%

Como o quadro revela, para as mulheres há um pré-conceito de dificuldade de controlo das emoções, enquanto que os homens são encarados como “bichinhos do mato”, com elevadas dificuldades de comunicação. Mais do que isto, o estudo revela que as mulheres preferem ser criticadas por não saberem controlar os seus sentimentos, do que por não saberem comunica-los.

O desempenho feminino e masculino, segundo os homens

Perfil Mulheres mais efetivas que os homens Homens mais efetivos que mulheres
Controla as emoções no trabalho 4% 62%
Gerencia situações de alta pressão 3% 46%
Trabalha com colegas do mesmo sexo 10% 40%
Toma decisões difíceis baseadas na lógica e em bom julgamento 6% 30%
Toma boas decisões comerciais 5% 13%
Forma times de alta performance 9% 19%
Fala/contribui de forma eficaz em reuniões de liderança 11% 14%
Comunica ideais ou argumentos complexos 11% 16%
Trabalha bem em equipes 15% 16%
Constrói relacionamentos com os colegas 21% 21%
Propõe e gerencia processos de mudança transformacional 16% 12%
Mantém o comprometimento com o trabalho enquanto gerencia as necessidades de suas famílias 30% 28%

Para os elementos do sexo masculino, o trabalho é o seu campo de actuação – daí se considerarem mais eficientes, que o género oposto, em quase todos os aspectos. Porém, a sua auto-confiança é apenas golpeada – com uns míseros 2% a 4% -, quando se trata de gerir os processos de mudança extrema e de conciliar a actividade familiar, com a sua profissão. Assim, podemos determinar que, de certo modo, é mais importante para os homens mostrarem-se incapazes de gerir a sua vida pessoal e profissional, do que não saber gerir uma equipa.

Com esta análise, uma dúvida impera, na minha mente: se os elementos masculinos são tão eficazes, como afirmam ser, como podem existir tantos conflitos físicos, após jornadas de convívio, entre eles?

A resposta parece chegar-nos pela biologia: excesso de testosterona.RS_profissionalismoeumaquestaodegeneroabatalhacomecou_3 Um constante processo de trabalho – com trocas de ideias, conflitos de interesses e uma ideia vencedora vs a perdedora – entre os homens, poderão coloca-los em situações de extrema produção de testosterona. “Ela age diretamente no sistema nervoso. Quando há um excesso dessa hormona, o humor e o estado de espírito do homem mudam, mas é importante lembrar que essa agressividade não tem relação com violência. Portanto, não podemos culpar a hormona por um ato violento”, afirma Pedro Saddi, numa entrevista ao site Forma e Equilíbrio. Ou seja, quando há um descontrolar de hormonas, aumentando os níveis de stress, os seres masculinos – que tanto se orgulham de controlar eficazmente as emoções – não conseguem ver além da névoa vermelha, que lhes cobre os olhos e lhes tolda os sentidos. Recalculando o resultado, Homens 2- 2 Mulheres.

Parece-me que, o próximo argumento esgrimido será decisório para o nosso duro combate, que permitirá determinar o derradeiro género eficiente e profissional, em termos generalizados. Cabe-nos, agora, analisar a capacidade de liderança – essencial, em algum momento, para os trabalhadores.

A minha mente dispara logo, “prepara-te para dar aRS_profissionalismoeumaquestaodegeneroabatalhacomecou_4 vitória. Todos os nomes que conheces, de líderes históricos, são essencialmente de homens”. Todavia, não podia ter um pensamento tão errado. Como mostra um artigo publicado aqui no Repórter Sombra, existem, pelo menos, 10 mulheres determinantes ao processo histórico. E, a actualidade, lá arranjou coragem para seguir os mesmos passos.

Um estudo realizado pelo Korn/Ferry Institute, com mais de 4 mil presidentes de empresas nos Estados Unidos da América de ambos os sexos, revelou que as mulheres são capazes de assumir, de forma mais estabilizadora, duradoura e assertiva, do que os membros do sexo masculino. Como pontos principais, a investigação aponta para a empatia, a capacidade decisória, a energia mental e a dedicação aos projectos profissionais, tudo isto tendo em conta o seu papel fundamental – ainda, nos dias de hoje – para a sobrevivência e gerência das famílias.

Contrariamente ao pensamento geral, perpetuadoRS_profissionalismoeumaquestaodegeneroabatalhacomecou_5 por uma cultura patriarcal – que assenta num machismo subtil – as mulheres ganharam este duelo, sem dó, nem piedade. Quer seja pelo reconhecimento das suas falhas, pela sua determinação, ou pelo entusiasmo que colocam em tudo quanto fazem, o sexo feminino mostra que não se revê, nem se aproxima dos tão aclamados “histerismos” e falhas de ética e deontologia. O mundo profissional deixa de ser o mundo dos homens. As mulheres chegaram e vieram para ficar, conquistar e estabelecerem-se. Game off.

Conclusão, um pénis, no mundo do trabalho, é uma carga de trabalhos. Se não mais complicados, os homens equiparam-se, no que toca ao mundo do trabalho, às mulheres. Como acaba o jogo, numa duração eterna? Bem, o leitor é que decide.

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