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Portugal: há ir e voltar

É, quando o Verão chega, que mais se ouve falar de pausas. Pausa no trabalho, pausa na escola, pausa no quotidiano. As férias são o período por que ansiamos sempre que precisamos de parar. Parar para descansar, dormir, acordar tarde, sair, ler, viajar, respirar… e os verbos no infinitivo poderiam continuar infinitamente, não fosse o tamanho da lista depender dos rendimentos, disposição e disponibilidade de cada um. No entanto, também a criatividade tem aqui um papel relevante: o que fazemos com o pouco tempo livre que nos resta? Será que as férias de sonho estão apenas ao alcance de uma minoria?

O clima, os longos dias de sol, os mais de 800 Km de costa e a gastronomia são de certo atracções para quem nos visita. O visitportugal.com destaca a diversidade de paisagens a curta distância, as actividades de lazer, o património cultural e a simpatia dos portugueses, como características-chave, fazendo de Portugal um destino com oferta de serviços turísticos de qualidade. “Temos as praias mais bonitas, a maior onda do mundo e as estrelas mais brilhantes. Somos uma aventura imperdível e o melhor destino de golfe”, pode ler-se num artigo da revista Visão, publicado em Maio com o título “Meio mundo diz que Portugal está na moda… e os turistas confirmam”.  Há poucas semanas também o Alentejo foi tema na imprensa por ter sido considerado a melhor região de vinhos do mundo pelo USA Today. O jornal norte-americano fala numa “viagem de volta no tempo”, para descrever a experiência de beber um bom vinho alentejano.

Se o vinho conquista os americanos pelo paladar, a beleza das nossas pontes encanta os europeus. Este ano, a ponte 25 de Abril foi considerada a mais bonita do velho continente. Para a European Best Destinations, na lista das 15 pontes europeias que vale a pena visitar, Portugal marca presença com três: para além da vencedora, a organização destaca a “fantástica” ponte Luis I, no Porto, e os 17 Km da moderna Vasco da Gama.

Se viajar é uma actividade que está só ao alcance de alguns, experienciar diariamente o que os outros procuram é um privilégio. O Verão é, por motivos associados ao calor e às férias, o período em que recebemos mais visitantes de outros países, mas é também o mais desejado por aqueles que partiram em busca daquilo que não encontram aqui. O Instituto Nacional de Estatística revela que só no último ano foram 128 mil os que bateram com a porta. Estima-se que haja 2,3 milhões de portugueses a viver no estrangeiro.

Nos dias de hoje, há uma mistura de sentimentos, quando falamos do nosso país. Aquele que muitos procuram por motivos de lazer é o mesmo que muitos deixam para sobreviver. No Verão, como em todas as estações, há direitos que damos como adquiridos que caminham na direcção menos desejada. Descansar, rir, viajar, viver… há verbos que nem sempre conseguimos conjugar no presente. Resta-nos a esperança de, no futuro, na primeira pessoa, que o tempo permita a combinação perfeita de vontade com necessidade.

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