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O ponto da felicidade

Aos homens é permitido envelhecer sem método. Dá-lhes charme. Ficam mais poderosos. Não têm cãs, mas sim prata que os beneficia. Não é a barriga que se torna saliente, mas sim a curva da felicidade que se evidencia. Acumularam anos de conhecimento e de experiência e tornam-se exigentes. Alguns. Outros nem por isso. Para esses torna-se penoso o passar do tempo e tentam, a todo o custo, enganá-lo, como se isso fosse possível. Querem maquilhar aquilo que não pode ser tapado.

As mulheres podem envelhecer com métodos diferentes. Umas engendram umas técnicas que lhes permitem parecer mais jovens durante algum tempo. Plásticas, cabelos pintados, maquilhagens profissionais, tudo para que aquele tempo de alegria não se escoe, mas está lá. Outras simplesmente deixam o tempo fluir e aceitam o lento aparecimento das rídulas e rugas que ficam para sempre, que são marcas de situações que ocorreram. O corpo vai decaindo e aceitando o inevitável, a velhice.

Ninguém diz que a velhice é agradável e muito menos aceitável. Parece criminoso perder a frescura, a elasticidade e a vitalidade que tão bem sabia. Costuma dizer-se que só damos valor às coisas quando as perdemos e é bem verdade. Alguns sabem como as viver e outros nem por isso. As mulheres são mais penalizadas que os homens. A menopausa é fim do período fértil e as mulheres ficam impossibilitadas de ter mais filhos biológicos. Soa a fim.

Os homens podem continuar a sua tarefa de povoar o mundo sem nenhuma limitação. É, no mínimo, injusto. As mulheres carregam os filhos, as dores, o peso da continuidade e são barradas violentamente. A menopausa nada tem de agradável e muito menos de simpático. Só há uma hipótese, que é aceitar e continuar com as alterações que daí possam surgir. Aos homens é aberto outro campo que lhes permite a renovação.

É cada vez mais comum um homem voltar a casar, ou procriar, com uma mulher mais nova. Surgem as novas famílias, recompostas, diferentes ou outro nome que lhe queiramos dar. Novos seres que chegam e que são amparados por alguns que não poderão acompanhar o seu caminho. A biologia é determinante. Não se dura para sempre. Encontramos homens com filhos de todas as idades. Alguns já são avós quando voltam a ser novamente pais. As diferenças de idade são grandes, mas a vitalidade não se esmoreceu.

Talvez seja um modo ecológico de camuflar o que não pode ser escondido. É a esperança, o renascer que dura enquanto for possível. No entanto, este assunto pode ser particularmente polémico. Se por um lado todos têm direito a viver a sua vida como entenderem, por outro estão as chamadas vozes discordantes que nunca se calam por todos os motivos. Está-lhes na massa do sangue.

Uns dizem que não é natural, que os homens mais velhos deviam ficar com as mulheres com quem se casaram em novos, mesmo que fossem todos infelizes para todo o sempre, mantendo as aparências e a decência. Outros, um pouco mais arejados, alegam que o caminho da felicidade é trilhado por cada um. Todos certos e todos errados. Cada um sabe de si e faz as suas escolhas, boas ou más.

Vive-se mais anos, com saúde e com qualidade de vida. É normal que a ideia de morte não seja colocada na agenda do dia. Viver em plenitude ganha uma maior dimensão e realidade, mas o que se passa é uma situação de grande desigualdade. Nos homens a chama é mantida, mas nas mulheres é apagada e com custos muito elevados. A vida não é justa, mas, neste caso, é mesmo um autêntico carrasco.

Porém, se uma mulher mais velha tiver um relacionamento com um homem mais novo consegue unir todas as vozes. Criticada por eles e por elas, num coro que cresce de maneira descontrolada. Falta de juízo, não tem vergonha, onde é que já se viu uma coisa destas, não está boa da cabeça e tantas outras frases “simpáticas” de apoio a quem tem vontade de continuar a viver. Ainda somos muito conservadores e machistas. Mentalidades que persistem em ficar.

Ocorre-me o caso bastante comentado de Brigitte Trogneux, casada com Emannuel Macron, Presidente de França e co-príncipe de Andorra. A senhora, mais velha do que ele 24 anos, é um exemplo de dignidade e de discrição. No panorama nacional recordo o romance de Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho, em sentido inverso, que, infelizmente, culminou na barra dos Tribunais. Não correu nada bem.

Muito se escreveu sobre o assunto, uma vez que, no caso de Brigitte, ela foi professora de Macron quando ele tinha 15 anos. Uma relação que deu algumas voltas e que retornou ao ponto inicial. Pacífica. Primeira Dama sem título. O mediatismo do casal Bárbara e Carrilho tem feito correr rios de tinta e parecem surgir, todas as semanas, novas revelações e muito pouco abonatórias.

Qual é a finalidade de vida? Agradar aos outros ou cada um escolher o seu rumo e ser feliz? Este conceito é particularmente subjectivo, mas é o mais citado entre todos quando se coloca a questão: O que deseja para o futuro? Homens velhos e mulheres novas não altera nenhuma biologia, mas pode aliviar algumas mentes. Troféus que não têm valor algum a não ser a satisfação que se possa daí retirar. E, nesta guerra de viver, qualquer arma pode fazer toda a diferença. Todos querem ser felizes!

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