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O Mito do Cowboy

Texanas. Chapéu. Pistola no coldre. Não serão precisas mais palavras para introduzir uma figura indiscutível do cinema americano: o cowboy. Apesar de ter perdido força ao longo dos tempos, este justiceiro dos tempos do velho Oeste continua a marcar presença nos filmes de agora, ainda que num formato mais actualizado. E admitamos: um bom Western nunca passa de moda.

A figura do cowboy surge, sem dúvida, associada ao género do western. O western surge em 1903, com o filme The Great Train Robbery e é com ele que se inicia a época de ouro do género, que irá durar uns espantosos 50 anos. Os enredos destes filmes passavam-se geralmente entre 1830 e 1890, quando ocorreu a expansão do território americano a oeste e as lutas contra as tribos indígenas. Foi precisamente nestas lutas que a figura do cowboy começou a ganhar relevo, pois seria ele o herói da trama. Ele aparece sempre como o agente restaurador da ordem e que seguia um rigoroso código de honra que, não surpreendentemente, aparentava estar em sintonia com os ideais americanos. Ah, e claro, no fim ficava sempre com a miúda. Seriam estas a características que tornariam a figura do cowboy tão apelativa ao público no geral: os homens queriam ser como ele, enquanto que as raparigas queriam cair nos braços dele. Agradando a gregos e a troianos, estava encontrada a fórmula para o sucesso.

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Esta tão aclamada figura ganhou tanto sucesso que até os actores que interpretavam o seu papel ficaram marcados como “eternos cowboys” pela sua carreira fora. A lista seria incontável para referir todos os pistoleiros, mas merecedores de destaque ficam John Wayne, actor que mais vezes encarnou o papel de justiceiro, e Clint Eastwood, pelo seu protagonismo mundial e também porque, quando penso em cowboys, vem-me logo à cabeça o Clint Eastwood e isso já quer dizer alguma coisa. Curiosamente, o seu filho, Scott Eastwood, interpreta no seu mais recente filme, The Longest Ride, o papel de um cowboy. Um cowboy um pouco diferente do que o que o seu pai interpretou, mas, ainda assim, quase que a seguir as mesmas pisadas, ainda que de uma forma mais romântica e suavizada da figura.

Clint Eastwood in The Good, the Bad and the Ugly

Com a expansão da indústria cinematográfica de Hollywood pelo mundo, os chamados “filmes do faroeste” ganharam relevo no panorama mundial, como símbolo da cultura norte-americana. Tanto que o cowboy passou a ser um símbolo da própria América, algo que perdura até aos dias de hoje. Quando ouvimos falar no Texas, não conseguimos evitar imaginar alguém com umas texanas e um chapéu. É certamente uma figura estereotipada dos americanos, mas que ainda assim mostra a influência dessa mítica figura na cultura que o criou e também a força que a indústria cinematográfica americana tem sobre o seu país e além fronteiras.

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