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O impacto que causamos na vida dos outros

Tudo o que fazemos pode ter o chamado “efeito borboleta”. Ou seja, algo tão simples como o bater de asas de uma borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e, assim, provocar um tornado no outro lado do mundo. Eis uma metáfora que representa a influência que exercemos na vida uns dos outros e o efeito que causamos no curso das águas que ondulam pela vida fora, numa interdependência entre as condições físicas, químicas, biológicas e emocionais, variantes essenciais na nossa relação com os outros.

Sabemos que não é possível agradar a gregos e troianos. Mas quantas vezes já pensámos: se eu soubesse faria as coisas de outra maneira… O bom de tudo isto é que vamos sempre a tempo de corrigir este tipo de pensamento, transformando-o em novas acções, mais bem pensadas e conscientes, de modo a minimizar impactos indesejados, potenciando influências favoráveis e boas ondas no curso das águas da vida.

Porque não conhecemos o estado emocional de quem está do outro lado, por vezes, aquilo que para nós é um sorriso reconfortante, para outros pode representar um riso de troça…

Lembro-me de uma história que vivi nos meus tempos de liceu. Éramos três amigas. Certo dia, estávamos a rir imenso de uma situação só nossa, descontraídas, sem qualquer má intenção… e eis que, de repente, surge um rapaz que nos apontou um canivete e nos disse com um ar ameaçador: “se vocês gozam mais comigo levam com esta navalha!” Ficámos petrificadas e aterrorizadas, porque nem fazíamos a menor ideia de onde surgira aquele rapaz e muito menos quem ele era nem do que estava a falar. Claro que ficámos caladinhas. Quando nos apanhámos sozinhas rimos ainda mais. Porém, já com outra consciência… Ainda hoje nos lembramos desta situação, do impacto que momentos de gargalhadas e alegria entre amigas provocou num desconhecido, e os momentos de tensão que este gerara em nós…

A meu ver, a questão não é deixar de fazer as coisas com medo de reacções adversas, de interpretações contrárias ou do que vão pensar de nós, mas sim adoptar atitudes conscientes acerca do efeito das mesmas na vida dos outros, e assim sucessivamente. Se as nossas acções forem mais bem pensadas, ponderadas e até compassivas, as ondas provocadas pelo bater das nossas asas terão uma influência mais consistente,  e até mais benéfica, e geradora de uma corrente de positividade [espera-se] por quem nos rodeia, e quem sabe por aí fora… Nas pequenas coisas e nos simples gestos, aos poucos, vamos tocando aqui e ali.

As correntes transportam tudo, o bom e o mau. E há tantas ondas más no ar – e no mar. No entanto, é possível transformar uma má onda em boa corrente. Basta, quem sabe, conter alguma impulsividade que possamos ter e encontrar no espaço e no tempo certos formas de quebrar a corrente negativa que nos possa ter chegado, provocando boas ondulações, geradoras de outras boas [re]acções, em dominó.

Já agora, o que fizemos hoje que possa ter provocado uma ondulação positiva noutrem? Vamos sempre a tempo. Agora pode ser um bom momento. E amanhã é outro dia.

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