Ou “O céu cai-nos em cima da cabeça”.
Os ataques na faixa de Gaza, apesar de terem entrado num período de acalmia, não param durante mais de um mês e, consequentemente, o número de mortos já ultrapassou os 1300 do lado palestiniano e cerca de 48 do lado Israelita. De referir também que neste último capítulo de um conflito que já dura há décadas, para além da disparidade quantitativa, existe uma brutal disparidade qualitativa. Do lado israelita menos de 10% das vítimas mortais são civis, do lado palestiniano é o oposto, dos mais de 1300 mortos a maioria são civis, incluindo mais de 240 crianças.
No fim do mês passado, esta escalada de violência atingiu um novo patamar, quando um ataque aéreo israelita matou pelo menos dez pessoas e feriu cerca de outras 30 numa escola da ONU, no sul da Faixa de Gaza. Este foi o terceiro ataque em dez dias a escolas das Nações Unidas usadas como abrigo para palestinos deslocados pela guerra. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou o ataque de “nova violação do direito humanitário internacional. É um escândalo do ponto de vista moral e um acto criminoso. Esta loucura deve parar”, disse num comunicado em que apela a Israel e ao Hamas para pararem com os combates e negociarem um acordo de paz.
Por estas e por muitas outras razões, este é considerado o momento noticioso mais importante da última semana, ultrapassando o caso de polícia que é a reestruturação do BES, que não atingiu o nível de baixas humanas que este conflito em Gaza tem alcançado, e que ganha uma nova vida, através da ilustração que apresento.