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Espelho meu, existe alguém mais malvada do que eu?

Elas ficam furiosas de não serem convidadas para o baile, ambicionam serem as mais belas do reino e ainda não suportam serem menosprezadas. As vilãs da Disney são maldosas, desprezíveis e não olham a meios para cumprir os seus objectivos, mas o que motiva tanta crueldade? Serão apenas propósitos fúteis e egoístas que constam nas prioridades destas vilãs? Vamos conhecer as vilãs mais terríveis dos contos de fada.

Na sua maioria, as histórias de fantasia seguem a premissa, entre o bem e o mal. Os filmes da Disney não são excepção, mas o que seria feito do herói/heroína sem o vilão? A resposta correcta é nada. Ora vejamos, o drama da Ariel sem voz, o sapato de cristal da Cinderela, o sono da Aurora, ou a maçã envenenada da Branca de Neve de nada valeriam, se não fossem criados por uma mulher com malicia. Se esses aspectos não existissem, essas histórias provavelmente perderiam o seu valor. Podemos constatar que, na verdade, a Úrsula, a Dama Tremaine, a Maléfica e a Rainha Má, na verdade, não suportam a rejeição social.

No caso da Úrsula, metade mulher, metade polvo, do filme A Pequena Sereia de 1989, foi banida do Palácio Tritão, da cidade subaquática Atlântica, sobre pretextos de manipulação traiçoeira. Exilada e forçada a viver na escuridão dos mares, viu a sua vingança chegar, quando a jovem Ariel veio ter com ela para lhe fazer um acordo: a sua voz em troca de umas pernas. No entanto, Úrsula tinha outras intenções, não tencionava cumprir a sua parte do pacto, já que tudo o que queria era ser a Rainha da Atlântica. Jogar sujo e feio, sem qualquer tipo de escrúpulos, é o que uma vilã mulher costuma fazer.

No filme A Gata Borralheira (1950), a Dama Tremaine, uma mulher conservadora, não morre de amores pela sua enteada Cinderela e, por isso, utiliza o bullying psicológico como forma de a castigar. Impondo Cinderela a trabalhos forçados na lida da casa, a Dama Tremaine humilha a jovem até ao último momento. O seu grande objectivo era que uma das suas duas filhas conseguisse casar com o jovem príncipe e, assim, subir o seu estatuto social, ao pertencer à realeza. Os seus ciúmes eram tão excessivos que no dia do baile, ao qual todas as raparigas do reino foram convidadas, proibiu Cinderela de comparecer, rasgando o único vestido que a jovem tinha. O resto da história já conhecemos, mas a Dama Tremaine não parou por aqui. Enquanto o príncipe procurava pela dona do sapato de cristal, a madrasta trancou Cinderela no quarto, proibindo-a de sair. Não levou a sua avante, pois a sua enteada acabou por alcançar o seu merecido final feliz.

Quanto a Maléfica, que recentemente conseguiu o seu próprio filme, protagonizado por Angelina Jolie, onde se descobre a outra história por detrás do filme Bela Adormecida (1959). Maléfica, sob a afronta de não ter sido convidada para o baptizado da princesa, decide lançar uma maldição na menina, segundo a qual, no seu 16º aniversário, vai picar-se numa roca e cair num sono profundo. Admito que esta é uma reacção demasiado exagerada da vilã, em que, por mero capricho de não ter sido convidada, lança uma maldição, mas, para a entendermos um pouco melhor, convém conhecer a história original a Disney adaptou. Em 1697, o escritor francês Charles Perrault, descreveu Maléfica como sendo, na verdade, a mãe do príncipe Phillip. Furiosa pelo seu filho assumir Aurora como rainha, Maléfica faz de tudo para evitar que tal aconteça. Para piorar a situação, ela é descente de Ogres e possui instintos canibais, o que torna a história mais negra, mas que a Disney de alguma forma embelezou. Nesta versão, entendemos melhor a posição da Maléfica e o porquê da sua excessiva reacção.

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A Rainha Má era a vilã que faltava para completar o clube malvado da Disney. No filme de 1937, A Branca de Neve e os 7 Anões, a Rainha Má é extremamente vaidosa, mas, chegando a uma idade onde a beleza começa a escassear, decide matar a sua enteada Branca de Neve, por esta ser a mais bela do reino. Utiliza a magia como vantagem, disfarçando-se de idosa, envenena uma maçã e entrega-a à jovem. A sua vaidade leva-a à loucura e é a loucura o seu fim.

Apesar de estas serem as vilãs mais temidas e com histórias mais marcantes, existem outras, como é o caso da Cruella de Vil, do filme 101 Dálmatas, que pretende, a todo o custo, fazer um casaco de pele de dálmata, a mãe Gothel, que rapta a pequena Rapunzel, porque o seu cabelo tem propriedades revitalizantes, e a Rainha Vermelha de Alice no País das Maravilhas, que tem ciúmes da sua irmã, a Rainha Branca, que vive pacificamente no seu reino. Portanto, verificamos que estas últimas três infames são as que motivos mais fúteis e caprichosos têm.

Seja qual for a razão, as vilãs femininas são mais subtis do que os homens, normalmente provocadas por ansiedades sociais e pressões emocionais que vivem. Enquanto os homens vilões preparam esquemas de assassinato para se tornarem reis (Scar, Hades, Jafar), para conseguirem ficar ricos (Ratcliffe), conquistar o coração de uma mulher (Gaston), ou apenas para recuperar algo que era seu (Hook). Bem, mas tal não é culpa da Disney. Na realidade, o homem e a mulher são diferentes no que toca às suas emoções. No caso do sexo masculino, as suas acções variam conforme os objectivos que pretendem alcançar. Quanto ao sexo feminino, as suas atitudes são mais influenciadas pela imposição social. Pode até ser um pouco sexista esta afirmação, mas é certo que somos todos diferentes.

Concluindo, as vilãs da Disney além de terem em comum a sua maldade, apesar de serem para fins diferentes. Umas pretendem ser rainhas (Úrsula, Dama Tremaine) e outras sofrem com a inveja e o ciúme (Maléfica, Rainha Má), mas nenhuma gosta de ser desprezada. Estas senhoras sabem o que querem e estão prontas a tudo para alcançar os seus objectivos.

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