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De querer acabar com o Porto

Começo este texto recordando uma viagem que fiz a Londres. Chegado à Capital Britânica foi com agrado que reparei que o que não faltava eram transportes Públicos. E paragem com pessoas à espera do seu Autocarro/Metro era uma miragem. Aliás diga-se de passagem que nos meus três dias em Londres desloquei-me, sem problema algum, nos Transportes Públicos Ingleses. Em jeito de conclusão posso, e quero afirmar, que por Terras de sua Majestade os Transportes Públicos funcionam. Independentemente de existirem linhas com maior ou menor procura não faltam autocarros que complementam o naturalmente limitado metro. Outra não poderia ser a fórmula pois Londres é uma cidade onde se vive nos subúrbios e se trabalha na Cidade.

A Cidade do Porto acaba por ser uma fotocópia de Londres. É verdade que a Invicta não tem o tamanho que Londres tem, mas o seu funcionamento é o mesmo que a grande Capital Inglesa, ou seja; mora-se nos subúrbios e trabalha-se na Cidade. Ora sendo a Cidade do Porto uma Cidade cada vez mais à imagem de Londres é natural que necessite dos Transportes Públicos para poder funcionar. Com a chegada do metro esta necessidade dos Transportes Públicos aumentou ainda mais, pois cada vez é maior o número de pessoas que se desloca da sua casa para o trabalho através do metro/autocarro.

E tal é assim por muito que o Ministério de Pires de Lima diga o contrário. Dizer o contrário é dar uma imagem de profundo ignorante. Como tal não faz sentido algum que tal Ministério tenha dado uma de burro casmurro no que à subconcessão dos STCP e metro do Porto diz respeito.

Primeiro que tudo o Ministério do “soldadinho” Pires de Lima mistura tudo na vã esperança de que ninguém perceba nada e o comum do Cidadãos não se aperceba da “trafulhice” que está a ser tramada debaixo dos seus olhos.

Quase ninguém sabe disto mas a metro do Porto funcionou toda a sua ainda curta Vida por subconcessão e, pasme-se, desde que Pires de Lima passou a ser Ministro da Economia é que a dita passou a funcionar por ajuste directo. E também quase ninguém sabe que a metro do Porto é uma Empresa Estatal lucrativa (isto se lhe retiramos os pagamentos dos financiamentos que a Empresa teve de fazer para a expansão, remodelação e criação das suas linhas). Nunca faltaram interessados nas subconcessões da metro do Porto porque, pela sua natureza, esta dará sempre lucro (isto a não ser que gaja uma gestão danosa dos recursos da Empresa claro está).

Já os STCP é outra conversa. Primeiro que tudo os STCP cobrem toda a área metropolitana do Porto, coisa que o metro não consegue fazer. Os Autocarros, para além de complementarem o serviço do metro, ligam as variadas “pontas” da área metropolitana e isto faz com que coexistam linhas lucrativas e outras que dão prejuízo. Daí que a nossa parcial Comunicação Social se lembre de vez em quando de dizer que os STCP têm um prejuízo na ordem dos x milhões de € esquecendo-se, propositadamente, de dizer que é uma impossibilidade colocar a Empresa dos Transportes Colectivos do Porto a dar lucro sem a eliminação das linhas que, embora necessárias, dão prejuízo.

Pires de Lima e seus Talibans pretendiam subconcessionar a metro do Porto e o STCP em conjunto. E quase o conseguiram. Mas esbarraram ma falta de seriedade do vencedor do concurso e passaram de imediato para o ajuste directo. E o que acontecerá se porventura alguém se mostrar interessado no ajuste directo da metro/STCP? Muito simples, vai suprimir as linhas dos autocarros que dão prejuízo e de pouco lhe interessa que com tal medida isole populações porque, como já aqui disse, o metro não chega a todo o lado.

Portanto em jeito de conclusão: O Sr. Ministro da Economia Pires de Lima, Portuense, pretende acabar com a Sempre Leal e Mui Nobre Invicta Cidade do Porto!

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