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Como um sorriso de uma criança e um gesto de um estranho podem mudar o teu dia…

 “For a split second they stared at each other.  A fleeting, lasting moment.

One person noticing another person out of a whole crowd of strangers.”

(Alexandra Potter, Calling Romeo)

 

Há uns meses, fui fazer uma formação que iria durar todo o fim-de-semana. Por saber que, normalmente, estas formações têm coffee-breaks, resolvi, no dia anterior, fazer umas bolachinhas para levar, mas, nessa altura, ainda não tinha forno em casa, pelo que pedi a uma amiga que mora perto para confeccionar as ditas bolachas em casa dela.

Cheguei do trabalho, fui a casa buscar os ingredientes, mas deparei-me com o dilema: Faço bolachas de quê? Parada à frente da despensa, sem saber o que fazer, pois não fazia a mínima ideia de quem estaria na formação, resolvi pegar no meu saco “sport billy” e coloquei lá dentro de tudo um pouco. Assim, com o saco cheio de coisas boas, lá fui para casa da Maria.

Deixei o carro do outro lado da linha, que deu origem a um episódio engraçado, que vos contarei no fim, e dirigi-me a casa dela. Esta minha querida amiga tem 3 filhos, um deles com cerca de dez anos. Já combinei com ele várias vezes levá-lo a um dos meus ensaios, pois ele adora cantar, mas ainda não foi possível.

Nesse dia, o Alexandre estava em casa e, quando cheguei, ele fez-me uma proposta: ajudava-me a fazer as bolachas, desde que eu jogasse Sing Star com ele. Divertidíssima com o ar decidido da criança, disse-lhe que sim e colocámos mãos à obra. Fizemos uma base, dividimos em três a massa e repartimos as escolhas: ele escolheu menta e chocolate, eu escolhi manteiga de amendoim e cacau e os dois optámos por uma miscelânea de frutos secos e cereais, para confeccionarmos as terceiras. Tinha comprado uns carimbos há pouco tempo para bolachas e eram três, pelo que foi fácil distinguí-las.

Parecia trabalho em linha: dividimos a massa em três, ele misturou os ingredientes seleccionados em cada uma delas, fizemos bolinhas mais, ou menos com o mesmo tamanho e peso e depois foi só carimbar e achatar. Levar ao forno, claro está, e já agora, nos entremeios, ia levando uma abada no Sing Star (Four Taste, One Direction, eu não conheço nada disto. Tragam-me lá os anos 80 se faz favor).

Foi um final de tarde divertido. Fomos dando à prova cada uma das bolachas à mãe do pequeno mini-chefe, que pareceu agradada com as de manteiga de amendoim. No fim, quando tudo já estava pronto e arrumado, passava das nove da noite e chegou a hora de me ir embora, o pequenino olhou para a mãe e disse-lhe: “Agora já sabes Mãe, se precisares de uma baby-sitter para tomar conta de mim, já pode ser a Marisa.” Claro que saí dali toda babada, mas o mais extraordinário ainda estava para vir, quer dizer, nada tem de extraordinário, mas para mim foi o culminar feliz de um dia aparentemente sem sal.

Como vos expliquei no início, estacionei o carro do outro lado da linha do comboio. Ao chegar, pareceu-me ver alguém que ia sair com o carro, para depois perceber que, afinal, tinha acabado de chegar. A pessoa, um senhor na casa dos seus quarenta, fez-me sinal que tinha acabado de chegar e atravessou para a plataforma da estação dos comboios. Agradeci e andei um pouco mais. Não me perguntem porquê, mas tenho o péssimo hábito de me enfiar nos lugares de estacionamento mais pequenos que encontro, quando normalmente tenho quatro, ou cinco à frente bastante maiores.

Assim foi, estacionei o carro, saí e a pessoa que tinha estacionado pouco antes, disse-me da plataforma: “Desculpe, eu vinha a chegar, mas podia ter estacionado mais à frente, tinha vários lugares ali” – e aponta para uns metros à frente, onde se viam três, ou quatro lugares com imenso espaço. Olhei, ri-me, encolhi os ombros e disse-lhe: “Ah, eu tenho de treinar. Ficou muito mal?

Ao que ele me responde com ar divertido: “Eu não faria melhor!

Sorri, a pensar que aquele estranho estava graciosamente a gozar comigo e com as várias manobras que fiz antes de conseguir meter o Rossio na rua da betesga. Desejei-lhe bom fim-de-semana e segui. Não pensei mais no assunto, até chegar ao carro, já com um tabuleiro cheio de bolachas e a fugir aos pingos de chuva que iam caindo. Coloquei o saco que trazia e o tabuleiro com as cookies no banco de trás, sentei-me à frente para ligar o carro, quando reparo que tenho qualquer coisa presa no para-brisas. Saio do carro e vejo uma flor, uma gerbera branca. Retiro-a e com ar um bocado parvo, ando dois carros à frente e dois para trás para perceber se tinham colocado nos outros, mas não, foi apenas no meu. Voltei a entrar no carro e fiquei um bom bocado a olhar para aquela flor.

O meu dia tinha sido um dos menos bons, mesmo dos menos bons, e alguém que não me conhecia de lado nenhum, resolveu oferecer-me aquela flor e fez o meu dia. Fiquei com ideia de que tinha sido aquele senhor simpático que me falou na plataforma, mas são apenas suposições. Pode ser que a pessoa que o tenha feito leia este texto e se lembre e que eu descubra, finalmente, quem de forma tão singela, alegrou o meu dia. Para que conste, a flor em questão aguentou-se duas semanas em água numa jarra, na minha entrada. Por isso, o meu obrigada.

Quanto às cookies, foram um sucesso! Por estranho que pareça, soube depois pela esposa do Formador, que ele, que não aprecia cereais, adorou aquelas que fizemos.

Vamos às compras?

Base das cookies

500 grs de farinha

200 grs de açúcar

200 grs de manteiga

2 ovos grandes

2 colheres de chá de fermento em pó para bolos

Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogénea.

Deixe descansar a massa por um periodo de 20 minutos.

Chocolate e Menta

Junte à massa, 50 grs de after-eight,

100 grs de chocolate negro com mais de 50% de cacau em pepitas e se só tiver inteiro, arranje um saco de plástico, um rolo da massa e com umas boas pancadas, mande embora o stress acumulado no dia!

Manteiga e Amendoim e Cacau

Junte à massa, 50 grs de manteiga de amendoim e duas colheres de sopa de cacau

Cereais e Frutos secos

2 colheres de sopa de aveia

2 colheres de sopa de avelãs

2 colheres de sopa de coco desidratado em pedaços ou coco ralado

2 colheres de sopa de corintios ( vulgas passas)

2 colheres de sopa de gengibre cristalizado ou 1 colher de sopa de gengibre em pó

Estes ingredientes deverão ser picados grosseiramente num processador.

E agora… preparar!

Pré-aqueça o forno a 180º.

Divida a massa em três porções.

Junte a cada porção os ingredientes seleccionados e faça bolinhas de massa com aproximadamente 10 grs cada. Chamar os ajudantes!

Coloque papel vegetal em tabuleiros e passe óleo em spray para as cookies não peguem. Espalmar as bolinhas. E deixar os mini-chefes usarem os carimbos.

Cada fornada far-se-á em dez a quinze minutos, num total de cerca de 60 cookies, aproximadamente. Quando retirar a primeira fornada do forno, coloque-a sobre uma grelha para que as bolachinhas ganhem consistência, mas não conte muito com essa, que servirá essencialmente para degustação.

As simple as that!

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Comments 4
  1. Marisa,
    Vou experimentar os primeiros! Mas ainda estou à espera de ler a “composição” do bolo de after-eight…
    ML

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