+1 202 555 0180

Have a question, comment, or concern? Our dedicated team of experts is ready to hear and assist you. Reach us through our social media, phone, or live chat.

Charlize Theron

Se a beleza tivesse nome

É imensamente difícil imaginar a actriz Charlize Theron de olhos meigos e sorriso fácil a interpretar a forte guerreira Furiosa no filme “Mad Max”. De cabeça rapada e a cara coberta de terra, a conduzir um mostro de quatro rodas. Ou até a ser Ailee Wuornos, uma prostituta que se tornou serial killer no filme de 2003 “O Monstro”, que lhe valeu o Óscar de Melhor Actriz. Mas a verdade é essa mesma. Theron conseguiu sobreviver ao medonho estereótipo das meninas bonitas serem sempre as donzelas em perigo. Não tem medo de arriscar e talvez por isso é que seja tão única e versátil. Numa entrevista ao Telegraph UK, afirma: “Eu não sou fã daquelas raparigas magras que fazem de conta que sabem lutar nos filmes. E odeio aqueles momentos em que braços finos conseguem estar a lutar com um tipo maior 4 vezes e ainda vencer. Apenas não acredito.”

Não se ilude com a máquina de fazer sonhos, mas trabalhou muito para chegar onde está hoje. O início da sua carreira foi marcado por muitos altos e baixos, mas Theron conseguiu manter-se firme à sua ambição. Só quando merecidamente ganhou o Globo de Ouro e Óscar pela sua espectacular interpretação no filme “O Monstro”, é que mudou os olhares de Hollywood e até hoje consegue manter-se como uma actriz de topo.

Charlize Theron quando recebeu o Óscar pelo filme "Monster" em 2003
Charlize Theron quando recebeu o Óscar pelo filme “Monster” em 2003

Charlize Theron nasceu a 7 de Agosto de 1975 na África do Sul, e a sua história de vida já dava um filme. O seu pai, Charles Theron, um alcoólico abusivo, foi morto a tiro pela sua mãe, Gerda, quando ele a atacou depois de uma fúria excessiva. Com 15 anos, Charlize assistiu a tudo. As autoridades consideraram um homicídio justificável e o caso nunca chegou a tribunal. “A minha mãe tornou possível para mim, ser o que sou hoje. A nossa família é tudo. A sua maior capacidade foi encorajar-me a encontrar a minha pessoa e independência“, confessa a actriz numa entrevista.

Começou a sua paixão no ballet, com 6 anos. Menina de confiança dançou profissionalmente em Joanesburgo. Mas foi ao 16 anos que a sua vida tomou um rumo diferente, quando ganhou um concurso de modelos. A carreira internacional começou em Nova Iorque, com 18 anos, onde ambicionava ser bailarina. No entanto, ferimentos no seu joelho, impediram-na de continuar. Ser atriz foi a sua segunda opção de conseguir um emprego melhor na América, mas depressa percebeu que o seu sotaque carregado sul-africano era uma barreira. Charlize escondeu as suas raízes através de muitas horas de televisão e muito treino. A sua entrada no mundo do cinema aconteceu muito por acaso. Em 1994, a jovem discutia arduamente com um funcionário do banco que a impediu de descontar um cheque da sua conta sul-africana, que a mãe lhe tinha enviado. Não só pela sua beleza, mas também pela sua convicção, facilmente conseguiu a atenção de John Crosby, gerente do banco e caça-talentos. Nesse dia, Charlize Theron conseguiu um contrato para assinar.

Nos meses seguintes participava no seu primeiro filme, um pequeno papel em  “Children of the Corn III” (1995) e em anos seguintes conseguiu mais destaque em filmes como “O Advogado do Diabo” (1997), ao lado de Keanu Reeves e Al Pacino,  e “O Grande Joe Young” (1998) onde conseguiu ser a protagonista. A sua carreira só começou a ter o destaque que devia quando ganhou o Óscar de Melhor Atriz Principal. Filmes como “North Country”, “Aeon Flux“, “Hancock” eBranca de Neve e o Caçadorfazem parte do seu currículo.

Além da sua carreira como actriz, Theron dedica-se a causas humanitárias. Em 2008 foi honrada pelas Nações Unidas quando aceitou ser a mensageira da Paz. Além disso ajuda com fundos a causas de luta contra a SIDA, tuberculose e malária.

Relativamente à sua vida pessoal separa-a bem da sua vida profissional. Charlize adoptou duas crianças. Jackson em 2012 e e August, uma menina, em 2015.

Share this article
Shareable URL
Prev Post

O fim de um ícone?

Next Post

Amar deserto – parte I

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Read next

Quando te dou a mão

O mundo em que vivemos é cada vez mais virtual e irreal. Ilusório. Não é novidade. Nada de novo em perceber que…