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CHARLIE

Não podia ser de outra forma. O assunto triste da semana abafa todos os outros, por uns minutos, horas, dias dependendo do contexto e do tempo de cada um de nós.
O facto de terem sido assassinados jornalistas, mais uma vez, é sempre ingrato, é sempre mais revoltante, mas de facto, convenhamos que os jornalistas irritam muita gente e, quando fazem humor com religião, ainda mais. Como já é sabido, o grupo que é autor desta barbárie não é conhecido por ter sentido de humor. No entanto, nada justifica, ou se pode comparar com a morte de inocentes, digo pessoas pacíficas e desarmadas. Infelizmente, tal ocorre todos os dias, mas, quando ocorre com europeus vizinhos, é como se fossemos nós, como se fosse com a nossa família, entendo. É sempre mais delicado, quando nos toca a nós. Foram os franceses que mais se manifestaram, mas será que as fronteiras têm ainda cabimento nesta triste história?
Não nos esqueçamos que há muitos outros que padecem, mais longe, mais diferentes e que não têm voz, ou atrás da qual alguns jornalistas e fotógrafos já foram. Muitos foram e morreram. E que também precisam da nossa solidariedade e das nossas vigílias. Sendo estas moralmente defensáveis, não são muitas vezes politicamente correctas e, como tal, não incentivadas. Relembremos as atrocidades que são quotidianamente infligidas ao povo tibetano. Ou os recentes problemas na Ucrânia. Ou todos os massacres que ocorrem em África, também aos 12, mas aos 12 milhões de cada vez.
A minha homenagem aos heróis do jornalismo e da fotografia de reportagem. Porque se combate também com palavras. Na ilustração, apenas M., triste, que, não tivesse a frase já direitos de autor, diria: “Perdoai-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem.”
rs 07 01

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