Enquanto estudava, o objectivo era seguir saúde, mas trocou os corredores dos hospitais pelo ecrã de séries, novelas e curtas-metragens. Com a personagem Teresa, ajudou jovens que estavam a passar por problemas de anorexia. Com o nome de baptismo, Mikaela Lupu está prestes a embarcar numa missão de voluntariado na Índia.
Entre as rodagens e as viagens ao estrangeiro, a actriz moldava, de 21 anos, não tem dúvidas quanto ao que nos move: “Queremos sempre amar e ser amados”.
Depois de “Mundo ao Contrário”, “Beijo do Escorpião”, “Jardins Proibidos”, “A Impostora” e, mais recentemente, “Vidago Palace”, ainda pensas na miúda de 14 anos que um dia foi tentar a sorte e fez um casting para os “Morangos com Açúcar”?
Penso muito pouco, pois parece que foi há uma eternidade.
Ainda vês os episódios dos “Morangos com Açúcar”?
Sim, a minha sobrinha acompanha agora e “obriga-me” a ver sempre que estou ela.
O que é que mudou de então para cá?
O que muda para qualquer adolescente ao entrar na fase adulta, ou seja, amadureci, aprendi imenso e ainda continuo a aprender, felizmente.
A personagem que interpretavas na série “Morangos com Açúcar”, a Teresa, sofria de anorexia e tinha problemas de auto-estima. Pensas que, de alguma forma, ajudaste jovens que estavam a passar pelo mesmo problema?
Sim, sem dúvida. Recebia muitas mensagens nas redes sociais a agradecer o testemunho da personagem na série, pois tinha-as feito ver as coisas de outra perspectiva e, com isso, ajudado imenso.
Querias seguir saúde, quando estudavas. Esse desejo tinha também que ver com uma vontade de ajudar os outros?
Sim, agora que penso, sim. Fui sempre muito preocupada com os que me rodeiam e tento sempre ter uma influência positiva na vida das pessoas com quem me cruzo.
No final de 2017, vais até à Índia numa missão de voluntariado. Era um sonho?
Sim, sempre tive muita necessidade de ajudar e de poder contribuir com algo bom. Vai ser sem dúvida uma experiência que não esquecerei.
Estás agora numa pausa do teu ano sabático. Desde o início deste ano, já estiveste na Inglaterra, na Itália, na Irlanda. O que é que mais te tem marcado nesta aventura?
A generosidade com que as pessoas nos recebem nos destinos por onde já passei. E senti muito isso na Irlanda. Senti-me em casa.
Falta acrescentares a Moldávia nas tuas paragens?
Sem dúvida, só ainda não aconteceu, porque gostaria que fosse com as minhas irmãs. Não seria a mesma coisa sem elas.
Deixaste a Moldávia aos cinco anos. Ainda tens memórias desse tempo?
Sim, muitas. Da neve, de brincar na rua o dia todo até escurecer, do contacto com a natureza, de estar rodeada de animais (daí a minha paixão por eles) e do resto da minha família que lá ficou. Guardo muito boas recordações!
O “Vidago Palace” é uma história de época, mas é, também (e sobretudo) uma história de amor. Por que é que as histórias de amor continuam a resultar e parecem ser intemporais?
Acredito que seja, porque é o que nos move a todos. Queremos sempre amar e ser amados.
“Podemos morrer, mas o amor que algum dia sentimos viverá para sempre.” É a tua personagem Carlota quem diz esta frase no último episódio do “Vidago Palace”. Acreditas nisto?
Sim, acredito que o amor vá para lá da vida como nós a conhecemos.